Relógio inteligente ajuda a polícia a detectar mentira de suspeito

Um homem de 26 anos disse à polícia que tinha sido esfaqueado, ao lado de uma sinagoga, por ser judeu, mas seu Apple Watch - um relógio inteligente - o desmentiu. Sean Samitt foi preso e processado por falso testemunho.

Sean aguarda pela audiência preliminar que será realizada no próximo dia 14 de janeiro. O caso aconteceu em West Bloomfield, no estado americano de Michigan, em 15 de dezembro de 2018.

Primeiro, ele disse que teria sido atacado por alguém gritando insultos anti-semitas. Sean afirmou à polícia que foi socado no peito e abdômen, e que escapou dando uma joelhada no agressor. No entanto, os oficiais suspeitaram do depoimento do homem e coletaram imagens de câmeras de segurança do local, constatando que não houve nenhum ataque.

A polícia considerou que os ferimentos poderiam ter sido feitos pelo próprio Sean. Foi aí que os dados coletados pelo relógio o "denunciaram". Os batimentos cardíacos dele não aumentaram durante o suposto ataque, mas logo antes de ele mesmo se esfaquear.

O homem admitiu ter feito a automutilação, mas de forma acidental, depois de perder a consciência enquanto lavava a louça. Então, novamente, os dados do relógio desmentiram a versão apresentada. As taxas de oxigenação do sangue do homem indicam que ele não esteve inconsciente.

Sean disse que mentiu por causa de assédio no local de trabalho. No entanto, a polícia disse que isso também seria falso.

Se condenado, o homem pode receber uma pena de até quatro anos de prisão.