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Prostituição na guerra da Ucrânia: mulheres ganham até R$ 93 mil por semana em front de batalha

A demanda pela prostituição cresceu perto da zona de guerra, que começou em fevereiro de 2022

Luciana Carvalho

Garotas de programa russas têm se deslocado para o front da guerra na Ucrânia, oferecendo seus serviços a soldados. Algumas chegam a faturar até R$ 93 mil por semana. A demanda pela prostituição cresceu perto da zona de guerra, que começou em fevereiro de 2022, impulsionada por militares que buscam momentos de prazer para aliviar o trauma da batalha. No entanto, o risco para essas mulheres é alto, pois muitas atuam perto das linhas inimigas.

Alguns encontros ocorrem até nas trincheiras, sob fogo cruzado de balas, granadas e drones, segundo a mídia independente "Verstka". O valor de um programa gira em torno de 130 euros (cerca de R$ 775). Algumas profissionais passam poucos dias no front e atendem mais de 50 militares nesse período. 

Além das trincheiras, a prostituição se estende a bases militares. De acordo com a agencia East2West, comandantes corruptos cobram propinas para permitir o acesso das profissionais ao front. 

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Muitas prostitutas relatam que, em diversas ocasiões, os soldados não buscam apenas sexo, mas também um desabafo sobre os horrores da guerra, que o presidente Vladimir Putin chegou a prever como breve, mas que já se arrasta por quase três anos.

A polícia do Exército também estaria extorquindo militares flagrados com prostitutas. Aqueles que não pagam acabam sendo enviados para missões de alto risco em território ucraniano.

Segundo a "Verstka", alguns soldados gastam todo o salário em poucas semanas com garotas de programa. "Eles (os ucranianos) podem me matar amanhã, e eu tenho três milhões de rublos (cerca de R$ 155 mil) no meu cartão. Vamos gastá-los", disse um militar no front.

Uma profissional afirmou que 90% dos seus clientes demonstram arrependimento, pois "foram à guerra pelo dinheiro e não esperavam ter que fazer trabalho sujo". Algumas prostitutas relatam recorrer ao álcool durante os programas para suportar os relatos angustiantes dos soldados. "Sem beber, eu não consigo ouvir todas as histórias horríveis que eles contam", revelou uma delas.

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