Presidente Noboa vence 1º turno das eleições no Equador por 0,2 ponto percentual

Dois dias após as eleições, o presidente equatoriano denunciou "irregularidades" durante a votação e a apuração

Agence France-Presse (AFP)
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O presidente Daniel Noboa, que busca a reeleição no Equador, ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições com apenas 0,2 ponto percentual de vantagem sobre a principal adversária, a esquerdista Luisa González, segundo uma apuração que terminou nesta terça-feira (18), em meio a denúncias de fraude.

Uma margem de apenas 19.747 votos separou os dois candidatos, que disputarão o segundo turno em 13 de abril, em um país dividido politicamente, devastado pelo narcotráfico e que enfrenta a pior crise em 50 anos.

Noboa obteve 44,17% dos votos válidos (4.527.255), contra 43,97% (4.507.508) de González, de acordo com a contagem do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Com 5,25% do total de votos (538.435), o líder indígena Leonidas Iza ficou em terceiro nas eleições de 9 de fevereiro, nas quais também foram escolhidos 151 deputados e cinco representantes para o Parlamento Andino.

A contagem ocorreu em um ambiente de tensão e surpresa, pois era esperada uma vitória de Noboa logo no primeiro turno e, além disso, uma pesquisa de boca de urna o apontou como vencedor.

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Dois dias após as eleições, o presidente equatoriano denunciou "irregularidades" durante a votação e a apuração.

González, sucessora do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), também alertou sobre "anomalias" na contagem dos votos.

No entanto, os observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE) indicaram que não havia indícios de fraude.

Noboa (37 anos) e González (47) irão reeditar o segundo turno de 2023, quando competiram em uma eleição atípica. O jovem candidato foi eleito para completar o período que correspondia ao restante do ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2025), que dissolveu o Congresso para evitar sua destituição em um julgamento político por corrupção e convocou novas eleições.

Filho do magnata Álvaro Noboa, o presidente busca a reeleição com base em sua postura firme contra as facções criminosas, cuja violência tem devastado o país de 18 milhões de habitantes.

González, que tenta ser a primeira mulher eleita presidente na história do Equador e recuperar o poder para a esquerda, promete conter a violência com "justiça social".

A campanha para o segundo turno começará em 24 de março e terminará em 10 de abril.

Localizado na cordilheira dos Andes e com saída para o Pacífico, o Equador possui portos estratégicos utilizados pelo narcotráfico para enviar centenas de toneladas de cocaína para Europa e Estados Unidos.

Em um país dividido entre correísmo e anticorreísmo, especialistas antecipam uma campanha apelativa e repleta de desinformação.

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