Português recusou dois convites para embarcar em submarino desaparecido: 'achei que não devia ir'
O empresário Mário Ferreira, que já fez uma viagem turística ao espaço no ano passado, quase desapareceu no Oceano Atlântico
O submarino que desapareceu durante uma expedição pelos destroços do Titanic na última segunda-feira (19), quase teve mais um tripulante. Mário Ferreira, empresário milionário de Portugal, teve duas oportunidades de fazer a visita turística no Titanic. Ele revelou que comprou o ingresso, mas desistiu da ideia.
Durante uma conferência na sexta-feira, o magnata português chegou a se encontrar com Hamish Harding, o bilionário britânico que está a bordo do submarino, e recebeu o convite novamente, mas também o recusou.
O empresário acumula uma grande fortuna por ser presidente da Media Capital, dona da TVI, do mesmo grupo da CNN Portugal. Em entrevista para o jornal "Público", Ferreira falou sobre o sentimento de estar acompanhando as notícias da tragédia e contou que há dois meses ofereceu o bilhete em um grupo de amigos. "Se alguém deste grupo tiver vontade, tenho um lugar marcado num mini-submarino para descer e ir ver o Titanic, eu não posso na data marcada. É em junho deste ano. Não é barato", escreveu.
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Durante a entrevista, Mário revelou não ter esperanças sobre o desfecho dessa história. "Um submersível destes não pode falhar. Quando falha a quatro mil metros, normalmente é fatal. Espera-se que algum milagre possa acontecer, mas infelizmente não se esperam grandes notícias", disse.
Sua amizade com Hamish Harding surgiu graças à empresa astronáutica Blue Origin, que levou Ferreira em uma viagem turística ao espaço, no foguete New Shepard, em agosto de 2022. "Nos conhecemos no grupo de astronautas da Blue Origin. E ele me desafiou para uma missão ao Titanic", contou.
Ele, que escapou de um sumiço no meio Oceano Atlântico, revelou que só não foi por falta de vontade. "Eu não quis ir. Saber que deixei o meu lugar vazio numa coisa complicada como esta. Pensar que eu podia estar lá. Achei que não devia ir e não fui. Ainda bem que não fui", disse ao jornal português.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com)
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