Pfizer e BioNTech iniciam ensaio clínico para testar vacina contra variante Ômicron
As empresas planejam estudar a segurança e a tolerabilidade das doses em mais de 1,4 mil pessoas
A Pfizer e a BioNTech iniciaram ensaio clínico para testar nova versão de vacina projetada especificamente para atacar a variante Ômicron da covid-19. O objetivo é testar a resposta imune gerada contra a variante, tanto como um regime de três doses em pessoas não vacinadas quanto como reforço para aquelas que já receberam duas doses do imunizante original. A Ômicron escapou de parte da proteção fornecida pelo sistema original de duas doses. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil, com dados da Reuters publicados nesta terça-feira (25).
Durante os estudos, será analisada a segurança e a tolerabilidade das doses em mais de 1,4 mil pessoas inscritas no teste. Ainda segundo informado pelas empresas, também está sendo testada a quarta dose da vacina atual em pessoas que receberam a terceira dose da Pfizer/BioNTech três a seis meses antes.
A Pfizer diz que duas doses da vacina original podem não ser suficientes para proteger contra a infecção da nova variante, e a proteção contra hospitalizações e mortes pode estar diminuindo. Ainda assim, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA afirma que a terceira dose de uma vacina de mRNA, como a das duas empresas, forneceu 90% de proteção contra hospitalização por covid-19.
"Embora a pesquisa atual e dados do mundo real mostrem que reforços continuam fornecendo alto nível de proteção contra doenças graves e hospitalização pela Ômicron, reconhecemos a necessidade de estar preparados caso essa proteção diminua com o tempo e, potencialmente, de ajudar a lidar com a Ômicron e novas variantes no futuro", disse a chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, Kathrin Jansen, em comunicado.
Dependendo da quantidade de dados de ensaios clínicos exigidos pelos reguladores, pode não ser possível realizar um plano atual para lançar vacina direcionada à Ômicron até o fim de março, afirmou a BioNTech.