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Perigo continua na Rússia mesmo após desistência de Grupo Wagner; entenda o motim

Motim pode ter exposto fragilidades da Rússia na guerra contra a Ucrânia

O Liberal

A situação na Rússia, após o motim do Grupo Wagner, ainda apresenta risco de perigos mesmo após a desistência do movimento, afirmam especialistas. Considerada a crise mais grave do governo de Putin no âmbito da política interna, o motim deve trazer ainda consequências para o governo russo.

A rebelião do Grupo Wagner, liderado por Yevgeny Prigozhin, ameaçou invadir Moscou. O Grupo Wagner é uma espécie de organização militar paralela, formada por "mercenários". Anteriormente, o grupo era aliado de Vladimir Putin.

Ievguêni Prigojin, de 62 anos, líder do Grupo Wagner que organizou o motim armado contra as forças federais da Rússia, já foi presidiário e vendedor de cachorro-quente e ‘chef de Putin’. Sua ascensão como liderança paramilitar é datada de 1991, na Rússia após o fim da União Soviética.

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Prigozhin concordou em deixar a Rússia para o vizinho Belarus no sábado (24), em uma negociação aparentemente mediado pelo presidente do país, Alexander Lukashenko. O acordo incluiu a retirada das tropas do Grupo Wagner que marchavam em direção à capital russa.

Ainda não está definido o que acontecerá com o papel de Prigozhin no Grupo Wagner e na guerra da Ucrânia, e se todos os seus combatentes serão contratados pelas forças armadas da Rússia.

O que Prigozhin fez?

Prigozhin acusou abertamente os militares russos de atacar um acampamento do grupo Wagner e matar vários de seus homens.

Ele prometeu retaliar com força, ameaçando destruir qualquer resistência, inclusive por meio de bloqueios de estradas e aeronaves.

Posteriormente, Prigozhin recuou em sua ameaça, chamando suas críticas à liderança militar russa de uma "marcha de justiça", mas suas ações já haviam ultrapassado os limites com o Kremlin.

Ele declarou que suas forças haviam entrado na região russa de Rostov e ocupado instalações militares importantes em sua capital, Rostov-on-Don.

Prigozhin exigiu que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o principal general da Rússia, Valery Gerasimov, fossem encontrá-lo, ameaçando bloquear Rostov-on-Don caso não fossem atendidos.

Como a Rússia respondeu?

Putin condenou as ações do grupo Wagner como traição e prometeu punir os responsáveis pela revolta armada.

O Ministério da Defesa da Rússia negou anteriormente o ataque às tropas do grupo Wagner, chamando a alegação de propaganda.

O Serviço Federal de Segurança (FSB) abriu um processo criminal contra Prigozhin, acusando-o de convocar uma rebelião armada.

Medidas de segurança foram intensificadas em Moscou, com veículos militares circulando pelas principais ruas da capital russa.

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