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O que uma tempestade solar causa? Entenda o fênomeno que atinge a Terra neste final de semana; vídeo

O alerta de tempestade geomagnética foi emitido pelo Centro de Previsão de Clima Espacial dos Estados Unidos (Space Wather Prediction Center - SWPC)

Lívia Ximenes

Uma tempestade solar de alto nível atinge a Terra neste final de semana, segundo o Centro de Previsão de Clima Espacial dos Estados Unidos (Space Wather Prediction Center - SWPC). Entre os efeitos do fenômeno, também chamado de tempestade geomagnética, está queda de energia e problemas em sistemas de navegação. O nível do alerta emitido é G4, o segundo mais alto da escala.

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Desde o dia 8 de maio, quarta-feira, as atividades solares monitoradas pelo satélite GOES-16 da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (National Oceanic and Atmospheric Administration - NOAA) apresentaram uma série de explosões e ejeções de massa coronal (Coronal Mass Ejections - CMEs). Para essa sexta-feira, 10, é prevista a tempestade geomagnética, com efeitos persistentes durante todo o final de semana. A princípio, no dia 8, pelo menos cinco explosões associadas a CMEs surgiram em direção à Terra. As informações são do Serviço Nacional Climático dos Estados Unidos (National Weather Service - NWS).


As CMEs são nuvens de plasma, com intenso campo magnético, que viajam no espaço. Ao interagirem com o campo magnético terrestre, tempestades geomagnéticas são provocadas. A atividade pode causar interrupção em redes elétricas, carregamento de dutos com correntes de eletricidade e desvio no curso de aeronaves, por exemplo. Entretanto, o campo magnético da Terra mantém as pessoas protegidas.

O que é uma tempestade solar?

Também conhecida como tempestade geomagnética, a tempestade solar é a explosão de partículas elétricas carregadas da superfície do Sol. No núcleo desse astro, atividades desencadeiam grande produção energética com a fusão nuclear. Entre elas, pode ocorrer a ejeção de massa coronal (Coronal Mass Ejections - CMEs), o vento solar e a erupção solar. Assim, prótons (partículas positivas) e elétrons (partículas negativas) são liberados, gerando atração e acúmulo em campos magnéticos.

O que uma tempestade solar pode causar?

A tempestade solar, ou tempestade geomagnética, pode provocar diversos efeitos quando chega ao planeta Terra. Além de espetáculos luminosos, como auroras boreais e austrais, há a destruição de satélites artificiais, interferência em serviços de telefone e rádios de alta frequência, queda de energia, problemas em sistemas de navegação e danificação de eletroeletrônicos.

Quais os níveis de uma tempestade solar?

Os níveis das tempestades solares ou tempestades geomagnéticas solares variam entre G1 (menor) a G5 (maior), conforme a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (National Oceanic and Atmospheric Administration - NOAA). Conheça:

  • Nível G1 (menor): há fracas flutuações na rede elétrica, o impacto nos satélites é menor, animais migratórios são afetados e aurora boreal é visível em altas latitudes.
  • Nível G2 (moderado): redes elétricas em altas altitudes apresentam alarmes de voltagem, tempestades de longa duração afetam transformadores, mudanças na resistência de arrasto afetam previsões de órbita, enfraquecimento de rádio de alta frequência e auroras boreais vistas em baixas latitudes.
  • Nível G3 (forte): alta tensão em redes elétricas, alarmes falsos de proteção acionados, carga superficial em componentes de satélite, aumento de arrasto em satélites de órbita baixa, problemas de orientação em operações espaciais, instabilidade em navegação por rádio de baixa frequência e auroras boreais em baixas latitudes.
  • Nível G4 (severo): problemas gerais em redes elétricas, desligamento de sistemas de proteção, problemas de carga e rastreamento, interferências em rádio de alta frequência, rádio de baixa frequência interrompido e auroras boreais no sul.
  • Nível G5 (extremo): problemas gerais no controle de tensão de energia, apagões, danos em transformadores, problemas de orientação e comunicação, dificuldades no rastreamento de satélites, propagação de rádio de alta frequência interrompia, navegação por satélite degradada, rádio de baixa frequência fora do ar e auroras boreais no sul.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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