Novos problemas em aviões 737 Max são encontrados pela Boeing
Funcionário da fornecedora da empresa teria notificado que dois furos podem não ter sido feitos exatamente de acordo com os requisitos
No último domingo (4), a Boeing divulgou ter encontrado um novo problema na produção dos jatos 737 Max. Um funcionário da Spirit AeroSystems, fornecedora da Boeing, que fabrica as fuselagens dos aviões, teria notificado a fabricante que dois furos podem não ter sido feitos exatamente de acordo com os requisitos da Boeing.
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As informações foram dadas em memorando por Stan Deal, chefe da unidade de aeronaves comerciais da empresa. "Embora esta condição potencial não seja um problema imediato de segurança de voo e todos os 737 possam continuar operando com segurança, atualmente acreditamos que teremos que realizar retrabalho em cerca de 50 aviões não entregues", afirmou.
O memorando da empresa diz que a fábrica do 737 Max da Boeing em Renton, Washington, "dedicaria vários dias nesta semana para focar no importante trabalho, refletindo o prêmio que damos à qualidade, segurança e, em última análise, estabilidade em nossas fábricas".
Reputação abalada
Esta notícia é vista como um "golpe" à reputação da Boeing, que tem sido abalada repetidamente nos últimos cinco anos, mais recentemente pelo incidente durante um voo do 737 Max 9, em 5 de janeiro. Um voo da Alaska Airlines teve um plugue de porta estourado naquele dia, deixando um buraco na lateral do avião.
A causa exata do incidente ainda não é conhecida, mas o CEO da Boeing, David Calhoun, disse aos investidores na quarta-feira (31) que a empresa é responsável pelo incidente. "Quaisquer que sejam as conclusões alcançadas, a Boeing é responsável pelo que aconteceu. Qualquer que seja a causa específica do acidente, um evento como este simplesmente não deve acontecer num avião que sai de uma das nossas fábricas", continuou.
O CEO da United, Scott Kirby, disse que o incidente no voo da Alaska Air foi a "gota que quebrou as costas do camelo", em termos de a companhia aérea avançar com planos de receber entregas do Max 10 ainda este ano, conforme planejado anteriormente.
O problema mais sério para a Boeing foi uma falha de projeto no 737 Max que levou a dois acidentes fatais, um em outubro de 2018 e outro em março de 2019, que matou um total de 346 pessoas e levou ao encalhe da aeronave por 20 meses.
A empresa informou na semana passada que perdeu US$ 2,2 bilhões em 2023, elevando as perdas nos últimos cinco anos para US$ 26,7 bilhões.