Nova Zelândia reverterá proibição da exploração de petróleo e gás após 'redução de investimentos'
Proibição imposta em 2018 retardou o investimento internacional e comprometeu a segurança energética do país, segundo ministro de Energia e Recursos Naturais
O governo da Nova Zelândia anunciou neste domingo (9) planos para reverter uma proibição imposta há cinco anos de novas explorações de petróleo e gás, provocando críticas de ambientalistas e opositores políticos.
O Ministro de Energia e Recursos Naturais do país, Shane Jones, disse que a proibição retardou o investimento internacional e comprometeu a segurança energética da Nova Zelândia. Por isso, um projeto de lei tentará colocar fim à proibição, que só permitiu novas explorações de petróleo em alguns campos da Ilha Norte do país.
"O gás natural é fundamental para manter nossas luzes acesas e a nossa economia em funcionamento, especialmente durante os períodos de pico de procura", disse Jones em comunicado, acrescentando que quando a proibição foi imposta pelo governo anterior em 2018, "também reduziu os investimentos em novos desenvolvimentos" de instalações que sustentam o atual consumo de gás no país.
Uma das lideranças do Partido Verde, Chloe Swarbrick, acusou o governo de "jogar petróleo e gás no fogo da crise climática".
Segundo Jones, o setor do petróleo e minerais contribuiu com 1,2 bilhão de dólares (6,4 bilhões de reais na cotação da época) para a economia da Nova Zelândia no período 2020-2021. Na sexta-feira, milhares de pessoas protestaram nas principais cidades do país para rejeitar a iniciativa governamental.