Nota de 10 mil pesos impressa na China começa a circular na Argentina
Imagens estampadas fazem homenagem a heróis e heroínas do país. Primeiro lote tem 770 milhões de cédulas
Começou a circular na Argentina uma nova cédula de 10 mil pesos, informou o Banco Central do país, o BCRA, nesta terça-feira (7). A nota de maior valor do mercado entrará em circulação gradualmente, por meio de agências bancárias e caixas eletrônicos. Atualmente, ela vale cerca de US$ 11 (ou R$ 57). Produzida num tom azul claro, o primeiro lote de notas foi impresso pela China Banknote Printing and Minting Corporation (CBPM). Ele faz parte de um pedido de 770 milhões de cédulas, encomendadas pelo BCRA à estatal chinesa.
Os rostos de Manuel Belgrano, economista, político, advogado e militar, autor da bandeira argentina, e María Remedios del Valle, uma mulher de ascendência africana nascida em Buenos Aires, heroína da Guerra da Independência, estão estampados na parte da frente da nova cédula.
VEJA MAIS
A imagem de Belgrano é um retrato atribuído ao artista francês François Casimir Carbonnier. A representação de Remedios del Valle pertence à obra La Capitana, da argentina Gisela Banzer.
Já no verso, há um desenho de uma cena alusiva a um dos eventos históricos em que Belgrano desempenhou um papel importante. Trata-se de uma recriação artística da cena do juramento da bandeira em 27 de fevereiro de 1812.
Inflação
Em março a Argentina enfrentou uma inflação que chegou a 279% ao ano. Nesse processo de rápida aceleração dos preços, as notas perdem valor rapidamente e é preciso usar quantidades cada vez maiores de cédulas no dia a dia. Uma nota de maior valor atenua temporariamente o problema.
A nova cédula e a nota de 20 mil pesos, que deve começar a circular no último trimestre deste ano, fazem parte da família “Heroínas e Heróis da Nação”, anunciada em maio de 2022, segundo o BCRA. A expectativa é que ambas reduzam os custos de logística do sistema financeiro tornem mais fácil as transações entre usuários. (Suellen Santos, estagiária, sob supervisão de Emilly Melo, repórter do Núcleo de Política)