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Milei vai à posse de Trump e depois para o Fórum de Davos na Suíça

Nos Estados Unidos, Milei tem prevista uma reunião no domingo (19) com a direção do FMI. Ele busca um novo programa de ajuda financeira para Argentina.

AFP

O presidente argentino, Javier Milei, inicia, nesta sexta-feira (16), seu primeiro giro internacional de 2025. O ultraliberal comparecerá à posse de Donald Trump em Washington e depois seguirá para o Fórum de Davos, na Suíça, onde, no ano passado, surpreendeu a elite mundial ao falar sobre o "perigo" do socialismo, informou a presidência argentina.

O presidente libertário partirá na madrugada de sábado e estará na segunda-feira na cerimônia de posse de Trump, por quem, em uma entrevista recente com o canal local LN+, reiterou sua admiração, chamando-o de "o presidente do país mais importante do planeta Terra".

A cerimônia, que acontecerá no Capitólio, será uma ocasião em que Milei poderá se reencontrar também com o magnata tecnológico Elon Musk, a quem considera o "Thomas Edison do século XXI".

Tanto Trump quanto Milei compartilham o apoio do poderoso dono da Tesla e SpaceX, que celebra as reformas pró-mercado do argentino na rede social X, também de sua propriedade.

Na agenda prevista na capital dos Estados Unidos, Milei também tem uma reunião no domingo com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, confirmou a presidência.

O encontro ocorrerá no contexto da negociação aberta pela Argentina com o FMI em busca de um novo programa de ajuda financeira.

O autodefinido "anarco-capitalista" voará então para a Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos, onde fará um discurso na quinta-feira.

O Fórum representou, no ano passado, a estreia internacional de Milei: na ocasião, um seleto grupo de líderes o ouviu, não sem surpresa, criticar a chamada "casta política" e atacar o feminismo, a justiça social e "a intervenção do Estado".

Diferentemente daquela viagem à Suíça, o argentino encara este primeiro giro de 2025 consolidado como um líder da extrema direita global.

O presidente libertário leva consigo os resultados de seu plano "motoserra", metáfora com a qual simboliza o profundo corte de 26% nos gastos públicos, segundo dados da Associação Argentina de Orçamento.  

Em seu primeiro ano de mandato, Milei eliminou mais de 30.000 postos de trabalho no setor público, paralisou obras financiadas pelo governo e retirou subsídios, entre outras medidas, para alcançar um superávit fiscal, a redução de 94 pontos na inflação e a diminuição do risco-país de 3.000 pontos para cerca de 600.

Paralelamente, seu governo endureceu a repressão ao sufocar manifestações, o que um relatório da Anistia Internacional em dezembro de 2024 denunciou como "sérios retrocessos no direito à protesto".

Milei é celebrado por seu programa de governo nos círculos da direita. O presidente argentino receberá, durante seu giro internacional, prêmios de várias organizações por suas reformas econômicas.

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