Líderes mundiais condenam ataques de Israel contra Gaza e pedem retomada de cessar-fogo
Líderes de diversos países condenaram os ataques israelenses à Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira, 18, realizados enquanto um acordo de cessar-fogo estava em vigor entre Israel, comandado por Benjamin Netanyahu, e o Hamas.
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que é dever da ONU garantir o cessar-fogo na região, assim como a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
O emir do Catar, Tamim al-Thani, declarou que o "bombardeio brutal sobre Gaza representa mais um crime hediondo cometido por Israel sem qualquer senso de responsabilidade". Al-Thani reiterou a "posição firme" do Catar em apoio aos palestinos e pediu ação internacional imediata para obrigar Israel a cumprir o acordo e retomar as negociações.
O presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, alertou sobre os ataques contínuos de Israel em Gaza e suas repercussões humanitárias, "além de minar as chances de paz e estabilidade na região", conforme comunicado. Ele enfatizou a "necessidade de a comunidade internacional assumir suas responsabilidades para pressionar por um cessar-fogo imediato, implementar a solução de dois estados e estabelecer um estado palestino, sendo a única garantia para alcançar a paz duradoura no Oriente Médio". O Egito tem liderado as negociações de paz entre as partes.
A Rússia também condenou os ataques israelenses, com o Kremlin expressando preocupação com o "grande número de vítimas civis" após os "devastadores" bombardeios em Gaza.
A porta-voz Mao Ning, do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que o país segue acompanhando de perto a situação atual do conflito. "Esperamos que as partes trabalhem para permitir a implementação contínua e eficaz do acordo de cessar-fogo, se abstenham de qualquer ação escalatória e evitem aprofundar ainda mais o desastre humanitário", acrescentou.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França também pediu a interrupção imediata da violência entre as duas partes, segundo o The Guardian. Maxime Prevot, vice-primeiro-ministro da Bélgica, afirmou em seu perfil no X que o ataque torna menos provável a liberação de reféns israelenses. Também na rede, o Ministério das Relações Exteriores da Suíça pediu "o retorno imediato ao cessar-fogo, a liberação de todos os reféns e a entrega irrestrita de ajuda humanitária".
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