Líderes do G7 anunciam novas sanções contra a 'máquina de guerra' da Rússia
Primeira reunião da cúpula do grupo ocorreu na manhã desta sexta-feira (19) e os representantes emitiram um comunicado em conjunto
O grupo dos países mais industrializados do mundo, o G7, anunciou nesta sexta-feira (19) uma série de sanções para minar a economia militar da Rússia, que é novamente o foco da cúpula anual do grupo, formado pelos países Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
VEJA MAIS:
No início do encontro de líderes deste ano, que acontece em Hiroshina, no Japão, um comunicado dos países disse que a intenção com o novo pacote de restrições econômicas e comerciais é "privar a Rússia da tecnologia, equipamento industrial e serviços do G7 que sustentam sua máquina de guerra" na Ucrânia.
Neste ano, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram convidados a participar. Lula já chegou ao Japão e tem agenda cheia de reuniões reservadas com autoridades, enquanto o presidente ucraniano viajará ao Japão apenas no domingo (21) para participar da cúpula presencialmente.
Medidas
Restrições às exportações de produtos "críticos para a Rússia no campo de batalha" fazem parte do pacote, assim como medidas contra entidades acusadas de transportar material para o front a favor de Moscou. A Rússia, que fazia parte do grupo, foi retirada dele por conta das incursões ao país vizinho.
A primeira reunião do grupo ocorreu na manhã desta sexta-feira (19), com a presença dos líderes dos Estados Unidos, Joe Biden; da Alemanha, Olaf Scholz; do Reino Unido, Rishi Sunak; da Itália, Giorgia Meloni; do Canadá, Justin Trudeau; da França, Emmanuel Macron; e do Japão, Fumio Kishida.
Presidente da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, Ursula Von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também participaram do encontro.
No comunicado, os líderes afirmaram que permanecerão unidos contra a "agressão ilegal, injustificável e não provocada da Rússia contra a Ucrânia".
"Quinze meses de agressão da Rússia custaram milhares de vidas, infligiram imenso sofrimento ao povo da Ucrânia e colocaram em risco o acesso a alimentos e energia para muitas das pessoas mais vulneráveis do mundo", declararam, no comunicado conjunto.
O texto ainda expressa "forte preocupação" com a "militarização grossiramente irresponsável da central nuclear de Zaporizhzhia", a maior usina da Europa, localizada na Ucrânia e atualmente controlada por tropas russas.