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Líder da oposição na Venezuela rejeita sugestão de Lula para o fim da crise política

María Corina Machado diz que a recomendação do presidente do Brasil é uma "falta de respeito" com os venezuelanos.

O Liberal

Em resposta à recente sugestão do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para a realização de um novo pleito na Venezuela, a líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, declarou que a proposta de Lula é uma "falta de respeito" para com a população da Venezuela. E ainda reafirmou a posição de que o atual governo de Nicolás Maduro não é legítimo.

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O presidente Lula sugeriu que novas eleições poderiam ser uma solução para a crise política na Venezuela, visando promover um ambiente mais democrático. No entanto, Maria Corina argumentou que a eleição já aconteceu e foi amplamente reconhecida como fraudulenta, e ainda que a proposta de um novo pleito não resolve a questão fundamental da falta de legitimidade do governo atual.

"Eu pergunto: vamos para uma segunda eleição e, se não gostarem do resultado, iremos para uma terceira? Quarta? Quinta? Até que o presidente Nicolás Maduro goste dos resultados? Vocês aceitariam isso em seus países, que, se o resultado não for satisfatório, repitam a eleição? Nós participamos da eleição seguindo as regras da tirania. Muitos me disseram que éramos loucos, que correríamos riscos e que haveria uma fraude monumental que não poderíamos provar. Algumas pessoas foram mortas ou estão hoje presas, escondidas ou tiveram que fugir do país. Não reconhecer o que aconteceu em 28 de julho, para mim, é uma falta de respeito com os venezuelanos que deram tudo de si e expressaram sua soberania popular", afirmou a opositora de Maduro.

A declaração do presidente brasileiro foi feita durante uma entrevista à rádio T FM, do Paraná, e disse que ligará para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"Se (Maduro) ele tiver bom senso, ele poderia fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral suprapartidário, que participe todo mundo, e deixar que entrem olheiros do mundo inteiro para ver as eleições", disse Lula.

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