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Israel bombardeia casas e mata mais de 50 pessoas; 10 eram da mesma família

Segundo os relatos, as Forças Armadas de Israel estão concentrando suas operações em incursões aéreas e terrestres no Líbano, onde enfrentam o Hezbollah

Pedro Garcia

Na manhã desta terça-feira (15), Israel potencializou os ataques em diversas áreas da Faixa de Gaza, resultando na morte de mais de 50 pessoas em bombardeios e combates terrestres. Entre as vítimas, 10 eram da mesma família, cuja residência foi destruída por um míssil.

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A informação foi confirmada pelo governo local, controlado pelo Hamas. Segundo os relatos, as Forças Armadas de Israel estão concentrando suas operações em incursões aéreas e terrestres no Líbano, onde enfrentam o Hezbollah. No entanto, os bombardeios na Faixa de Gaza continuam, uma região que Israel vem atacando há um ano. 

As mortes registradas nesta terça-feira ocorreram em quatro ataques aéreos e terrestres distintos:

  1. Beni Suhaila: Um bombardeio pela manhã atingiu uma residência na cidade de Beni Suhaila, resultando na morte de dez pessoas da mesma família, conforme relatado pelo Hospital Nasser, em Khan Younis. Entre as vítimas estavam três crianças e uma mulher. Um operador de câmera da agência de notícias Associated Press no hospital confirmou a informação ao contar os corpos.
  2. Fakhari: Em um ataque aéreo na cidade vizinha de Fakhari, cinco pessoas foram mortas, incluindo três crianças e uma mulher, segundo o Hospital Europeu, para onde as vítimas foram levadas.
  3. Jabalia: Outros 17 indivíduos morreram em combates terrestres próximo de Al-Falouja, na cidade de Jabalia, que abriga o maior dos oito campos de refugiados históricos de Gaza.
  4. Sabra: Um ataque aéreo no subúrbio de Sabra, na Cidade de Gaza, resultou na morte de 14 pessoas, com o serviço de emergência civil local recuperando dois corpos das casas atingidas.

Oito pessoas também morreram quando uma casa foi atingida no campo de Nuseirat, localizado no centro da Faixa de Gaza. A ofensiva atual tem como um dos focos o campo de Jabalia, onde o Hamas relatou que seus combatentes estão engajados em "batalhas ferozes" contra as forças israelenses nas áreas circundantes.

A operação gerou preocupações entre os palestinos e agências da ONU, que temem que Israel esteja tentando expulsar os moradores do norte da Faixa de Gaza. O governo israelense, por sua vez, negou as alegações.  Além de Jabalia, as forças israelenses enviaram tanques para as cidades vizinhas de Beit Lahiya e Beit Hanoun, com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas que estão tentando se reagrupar nessas áreas.

"Em meio a intensas hostilidades em andamento e ordens de evacuação no norte de Gaza, as famílias estão enfrentando medo inimaginável, perda de entes queridos, confusão e exaustão. As pessoas devem ser capazes de fugir com segurança, sem enfrentar mais perigos", disse o chefe da Cruz Vermelha em Gaza, Adrian Zimmerman. "Muitos, incluindo os doentes e deficientes, não podem sair, e eles permanecem protegidos pelo direito internacional humanitário".

Zimmerman também solicitou a proteção das unidades de saúde no norte, destacando que os hospitais estão enfrentando dificuldades para oferecer serviços médicos adequados. O Ministério da Saúde de Gaza informou que o Exército israelense ordenou a evacuação dos três hospitais que operam na região, mas a equipe médica expressou sua determinação em continuar prestando atendimento, mesmo diante do aumento constante no número de vítimas.

Conflitos no território palestino

Desde o início do conflito em 7 de outubro, mais de 7.300 pessoas, incluindo 3.000 crianças, morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde palestino. Os ataques israelenses têm se concentrado em áreas densamente povoadas, levando a umaumento no número de feridos. No total, mais de 42 mil pessoas já morreram em um ano de conflitos no território palestino.

(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

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