Iogurtes podem reduzir a obesidade em crianças, diz estudo
Além disso, alimento com probiótico reduz risco de doenças graves no futuro
Os probióticos encontrados em bebidas de iogurte podem reduzir a obesidade infantil e o risco de desenvolver doenças graves como diabetes tipo 2, revelaram os cientistas.
A Dra. Flavia Prodam e sua equipe da Universidade de Piemonte Orientale, Itália, conduziram o estudo para avaliar o impacto das Bifidobactérias em crianças com obesidade. As bifidobactérias pertencem ao gênero Bifidobacterium, que são bactérias que fazem parte da microbiota do trato gastrintestinal inferior do ser humano e não apresentam nenhuma patogenicidade.
O estudo comparou 100 crianças obesas com idades entre seis e 18 anos que foram colocadas em uma dieta restrita em calorias padrão ou uma que incluía probióticos.
Depois de monitorar as crianças por oito semanas, os cientistas descobriram que aqueles que faziam dieta incluindo probióticos perderam mais peso e melhoraram a sensibilidade à insulina, reduzindo o risco de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
Os suplementos continham Bifidobacteriums, que decompõem carboidratos e fibras no intestino humano. Eles também liberam substâncias químicas chamadas de ácidos graxos de cadeia curta, que desempenham um papel importante na saúde intestinal e no controle da fome.
A hipótese é que a digestão é prejudicada quando essas bactérias do bem estão presentes em baixo número.
Cintura mais fina
Eles analisaram amostras clínicas, bioquímicas e de fezes para determinar os efeitos da bactéria no peso das crianças.
O estudo descobriu que as crianças que tomaram probióticos tiveram uma redução na circunferência da cintura, resistência à insulina e E.coli em seus intestinos, sugerindo que eles podem ter modificado o microbioma intestinal e afetado o metabolismo do corpo.
“Suplementos de probióticos são frequentemente administrados a pessoas sem dados de evidência adequados”, disse o Dr. Prodam.
“Essas descobertas começam a dar evidências da eficácia e segurança de duas cepas probióticas no tratamento da obesidade em uma população mais jovem”, observa o especialista. “O próximo passo da nossa pesquisa é identificar os pacientes que poderiam se beneficiar com esse tratamento probiótico, com o objetivo de criar uma estratégia de perda de peso mais personalizada.”
O estudo sugere que a suplementação com probióticos pode modificar o ambiente do microbioma intestinal e afetar o metabolismo de forma benéfica, ajudando crianças ou adolescentes obesos que também estão passando por uma dieta restrita a perder peso, disseram os autores.