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Inteligência artificial aumentará imagens de pornografia infantil, adverte agência policial europeia

Os criminosos já usam as ferramentas de IA para cometer delitos que vão desde fraudes online e ataques cibernéticos à criação de imagens explícitas de menores

Agence France-Presse

O uso da inteligência artificial (IA) para criar pornografia infantil online crescerá de maneira exponencial e as imagens falsas tornarão cada vez mais difícil a identificação das vítimas reais, alertou a agência policial europeia, nesta segunda-feira (22).

Os criminosos já usam as ferramentas de IA para cometer delitos que vão desde fraudes online e ataques cibernéticos à criação de imagens explícitas de menores, alertou a Europol.

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Em um informe de 37 páginas, a agência alegou que já existem denúncias de "material de abuso sexual infantil gerado e assistido por IA".

"O uso da IA que permite aos abusadores gerar e alterar o material de pornografia infantil, está destinado a se proliferar ainda mais em um futuro próximo" alertou a agência com sede em Haia.

As imagens pornográficas criadas por IA "aumentam a quantidade de material ilícito em circulação e complicam a identificação das vítimas e dos autores".

Mais de 30 milhões de crianças foram vítimas de exploração e abusos sexuais na internet no último ano, segundo uma investigação da Universidade britânica de Edimburgo, em maio.

Os delitos vão desde a chamada sextorção, em que os criminosos exigem dinheiro às vítimas para manter as imagens privadas, até o abuso feito pela IA para criar deepfakes, vídeos que não são reais, segundo o programa Childlight Global Safety Institute. 

O auge da IA provocou crescentes temores no mundo todo pela possibilidade do seu uso mal intencionado.

"O volume de material sexual autogerado constitui agora uma parte significativa e crescente do material de abuso sexual de menores disponível online", declarou a Europol. 

"Mesmo que o conteúdo seja totalmente artificial e não represente uma vítima real, o material de pornografia infantil gerado por IA segue contribuindo para a objetificação e sexualização das crianças", advertiu. 

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