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Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos

Conferência Episcopal francesa lamentou "cenas de escárnio e zombaria do cristianismo", apontou entidade em comunicado

O Liberal

A Igreja Católica e, sobretudo, algumas personalidades da direita francesa criticaram várias vezes sequências da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, na sexta-feira (26.07). Por outro lado, o governo francês e a esquerda recebeu o evento com entusiasmo.

A Conferência Episcopal francesa considerou a cerimônia "maravilhosa", termo usado em um comunicado divulgado pela entidade, mas, também, lamentou que o evento tenha exibido "cenas de escárnio e zombaria do cristianismo".

No comunicado da entidade episcopal, os bispos franceses lembram os cristãos "que todos que se sentiram feridos pela desmesura e provocação de certas cenas que a celebração olímpica deve estar acima dos preconceitos de alguns artistas".

Os religiosos não chegaram a dar exemplos das cenas, mas está claro que se referiram a que foi intitulada "Festividade", uma paródia óbvia da Última Ceia de Jesus Cristo com seus apóstolos. No caso, os personagens bíblicos foram substituídos por drag queens, uma modelo trans e o cantor Philippe Katerine quase nu, com alguns atributos de Dionísio, o deus grego do vinho e da festa.

Os políticos franceses da direita fizeram manifestações contrárias mais explícitas e abrangentes. Eles aproveitaram para acusar a gestão do presidente francês, Emmanuel Macron, de fazer propaganda da ideologia "woke".

Woke é um termo político de origem afro-americana, que refere-se a uma percepção e consciência das questões relativas à Justiça social e racial. O termo deriva da expressão do inglês vernáculo afro-americano "stay woke", cujo aspecto gramatical se refere a uma consciência contínua dessas questões.

A deputada Marion Maréchal criticou toda a cerimônia de abertura em uma mensagem em sua conta na rede social X, na qual fala da imagem da rainha Maria Antonieta decapitada, beijos a três, drag queens e a "humilhação da Guarda Republicana forçada a dançar com Aya Nakamura. Aya Coco Danioko é conhecida pelo seu nome artístico Aya Nakamura. Ela é uma cantora pop franco-maliana.

Aya gravou a canção de sucesso "Djadja", que tem mais de 915 milhões de visualizações no YouTube. Nakamura publicou as suas canções na internet, ganhando sucesso com "Karma" e "J'ai mal".

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