Guerra nuclear resultaria em mais de 90 milhões de vítimas nas primeiras horas, mostra simulação
Número se refere a quantidade de mortos e feridos e foi levantado a partir de simulação feita pela Universidade de Princeton, nos EUA, há três anos
A guerra entre Ucrânia e Rússia fez aumentar a preocupação mundial em torno da possibilidade do uso armas nucleares pelas duas maiores potências no assunto: Estados Unidos e a própria Rússia. Há três anos, pesquisadores da Universidade de Princeton fizeram uma simulação desse confronto e o resultado foi um cenário assustador e catastrófico. Só nas primeiras horas, a guerra nuclear entre os dois países deixaria 90 milhões de vítimas, entre mortos (34 milhões) e feridos (57 milhões). As informações são da Sic Notícias e BBC News Brasil.
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O plano A, como foi chamado pelos pesquisadores, fez uma simulação “sobre as estratégias, objetivos, danos e vítimas que uma possível guerra nuclear poderia ter”, explicou o pesquisador Alex Glaser, que compartilhou a simulação em seu Youtube.
"Essas simulações são úteis para reforçar a dissuasão. Se não há transparência e se há otimismo sobre as consequências de um enfrentamento nuclear, é mais provável que alguma das partes escale a sua posição, seja consciente ou inconscientemente”, declarou à BBC, em 2019, Sarah Kreps, professora da Universidade de Cornell, nos EUA, que investiga os impactos da proliferação de armas de destruição em massa.
De acordo com reportagem da SIC publicada esta semana, o número de vítimas foi calculado de acordo com os dados do NUKEMAP, um simulador de efeitos nucleares, e leva em conta apenas as vítimas provocadas por explosões nucleares. Ou seja, a estimativa aumentaria significativamente se fossem contabilizadas as vítimas de precipitação radioativa e outros efeitos de longo prazo.
A simulação foi desenvolvida pelos investigadores Alex Wellerstein, Tamara Patton, Moritz Kütt, e Alex Glaser que tiveram a assistência de Bruce Blair, Sharon Weiner e Zia Mian.