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G20: Brasil tentar conter oposição à taxação dos super-ricos

Debate tem ofensiva do presidente da Argentina, Javier Milei, após ter bloqueado as negociações sobre gênero

O Liberal
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O comunicado final da cúpula do G20, que se realiza nesta segunda-feira, dia 18,e na terça-feira, dia 19, no Rio de Janeiro, continua sendo alvo de negociações entre representantes das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia (UE) e a União Africana. Nesse contexto, o Governo do Brasil tem pela frente a ofensiva do presidente da Argentina, Javier Milei. Após ter bloqueado as negociações sobre gênero, Milei se opçõe agora à taxação dos super-ricos.

A temperatura no G20 subiu depois da eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. E o agravante é que a delegação de diplomatas argentinos dá mostras de ter vindo somente para tumultuar o cenário de acordo entre os países do grupo. Um acordo entre as partes somente sai mediante o consenso entre os líderes do grupo, o que não é nada fácil de acontecer e meio a um cenário geopolítico turbulento.

Grandes fortunas

Prioridade da presidência brasileira, a tributação de grandes fortunas tem como opositor Javier Milei, e ainda não se sabe se o Governo da Argentina irá rejeitar partes ou o comunicado final como um todo. Para diplomatas brasileiros, esse posicionamento de Javier Milei é um reflexo da aproximação dele com Donald Trump. Na campanha presidencial, Trump prometeu cortar impostos e taxas para empresas nos EUA.

Ainda na quinta-feira, dia 14, o presidente Javier Milei participou de um jantar de gala no clube Trum em Mar-a-Lago, na Flórida. Milei se tornou, assim, o primeiro presidente estrangeiro a visitar o republicano eleito. O argentino se pronunciou durante o jantar  e qualificou a vitória de Donald Trump em 5 de novembro como "a maior virada política de toda a hitória, desafiando o establishment político, mesmo arriscando sua própria vida".

Já na sexta-feira, dia 15, Milei participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), na Flórida, e propôs a criação de uma aliança de países "guardiões do legado ocidental". Nessa aliança estariam "os Estados Unidos liderando no norte, a Argentina no sul, a Itália na velha Europa, e Israel, o sentinela na fronteira do Oriente Médio",  como destacou o presidente da Argentina. Javier Milei dá sinais de que deseja ser o interlocutor privilegiado de Washington na América do Sul na próxima administração americana. (com informações do portalmetropoles.com). 

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