Epicentro do coronavírus na Coreia do Sul não tem novos casos pela primeira vez
Daegu, que teve surto de coronavírus por causa de um culto religioso que manteve suas atividades, conseguiu levar a zero o número de novas infecções; na Coreia do Sul, multa para quem não cumpre o confinamento equivale a valores que chegam a até R$ 42 mil.
Não houve nenhum novo caso do novo coronavírus nesta sexta-feira (10) na cidade de Daegu, que teve o primeiro grande surto do novo coronavírus fora da China e foi o epicentro da doença na Coreia do Sul. É a primeira vez que isso acontece desde o fim de fevereiro. Mais da metade dos casos aconteceu na cidade, e a Coreia do Sul virou rapidamente o segundo país com mais casos, totalizando 208 pessoas mortas no país.
O governo implementou uma política de testes em massa, confinamento e distanciamento social para controlar os números. Nesta sexta-feira (10), o país teve 27 novos casos. O país tem como meta ter menos de 50 novas infecções por dia. Por isso, há, atualmente, pouco mais de 3 mil pessoas em quarentena obrigatória, e pouco mais de 7 mil já foram liberados do isolamento.
Embora os dados indquem um controle da pandemia no país, no começo da semana as autoridades disseram que é preciso aumentar a vigilância, porque a epidemia pode voltar a ganhar força. Há preocupação com igrejas, hospitais e asilos e com viajantes que voltam do exterior.
No último sábado, o governo prorrogou a campanha de distanciamento social por duas semanas, citando pequenos grupos de infecções. Os sul-coreanos se abstiveram de se socializar em fevereiro, quando o número de casos aumentou exponencialmente, mas mais pessoas começaram a sair recentemente, porque o tempo ficou mais quente, e as pessoas se cansaram do isolamento, disse Kim Gang-lip, vice-ministro de Saúde do país.
Desde o último domingo, o governo aumentou as multas para quem violar as regras de quarentena em até 10 milhões de won (R$ 42,7 mil) em multas ou um ano de prisão, contra 3 milhões de won (R$ 12,7 mil) em multas.