Detentos de seis presídios fazem 57 policiais e agentes penitenciários reféns no Equador
Rebelião pode estar ligada à explosão de carros-bomba que aconteceu em Quito
Horas após a explosão de carros-bomba em Quito, nesta quinta-feira (31), presos de seis penitenciárias no Equador deram início a uma rebelião conjunta. O ministro do Interior do país, Juan Zapata, informou nesta sexta-feira (1) que 57 agentes penitenciários e policiais estão sendo feitos reféns. Para a polícia, as duas situações podem tem relação. Não há até o momento registro de vítimas ou feridos.
A revolta seria uma possível represália à transferência do líder do grupo criminoso Los Lobos a um presídio de segurança máxima. Esse grupo reivindicou o assassinato do candidato à presidência do país Fernando Villavicencio, que foi morto com três tiros na cabeça ao sair de um ato de campanha no início de agosto.
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O assassinato do candidato chocou o país e lançou luz ao grande aumento da violência no Equador, que virou refúgio para grupos criminosos da Colômbia e rota do tráfico de drogas da América Latina nos últimos anos.
Somente nos seis primeiros meses deste ano, a Polícia Nacional registou 3.568 mortes violentas, o que representa 1.526 mortes a mais do que o registrado no mesmo período ano passado. Em todo o ano de 2022, foram 4.600 mortes violentas, a taxa mais elevada da história do país e o dobro do total de 2021.