Coreia do Norte aprova lei que autoriza ataques nucleares preventivos
Líder norte-coreano disse que o novo texto barra negociações de desnuclearização
O líder norte-coreano Kim Jong-un afirmou que o país aprovou uma nova lei que muda a condição nuclear para "irreversível" e barra negociações de desnuclearização. A notícia foi divulgada pela mídia estatal nesta sexta-feira (9). Com informações da Reuters.
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A decisão ocorre em meio a suposições de que a Coreia do Norte estaria se preparando para retomar os testes nucleares pela primeira vez desde 2017. A lei foi aprovada pelo Parlamento norte-coreano, a Assembleia Popular Suprema, que votou a favor da substituição da legislação de 2013, que definiu pela primeira vez o status nuclear do país, segundo a agência estatal de notícias KCNA.
“O maior significado de legislar a política de armas nucleares é traçar uma linha irrecuperável para que não haja barganha sobre as nossas armas'', disse o líder em discurso na assembleia, complementando que o país nunca entregará as armas, mesmo que enfrente 100 anos de sanções.
Entre as hipóteses que podem desencadear um ataque nuclear está a ameaça de um ataque iminente; se a liderança, o povo ou a existência do país estiver sob ameaça; ou para ganhar vantagem em uma guerra.
A lei original de 2013 estabelecia que a Coreia do Norte poderia usar as armas para repelir a invasão ou ataque de um Estado hostil e fazer ataques de retaliação.
Já a nova legislação vai permitir ataques preventivos, caso seja detectado ataque iminente de armas de destruição em massa ou contra “alvos estratégicos” do país, incluindo a liderança. Além de permitir ao líder norte-coreano decidir sobre as armas nucleares, mas se o sistema de comando e controle estiver ameaçado, essas armas podem ser lançadas “automaticamente”.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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