Benjamin Netanyahu avalia possível acordo de Israel para libertação de reféns do Hamas em Gaza
Primeiro-ministro afirma que pressão com tropas em Gaza possibilitam negociação favorável
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, revelou durante uma entrevista ao programa "Meet the Press" da NBC, neste domingo (12), que está considerando a possibilidade de um acordo para libertar os reféns mantidos pelo grupo islamista Hamas na Faixa de Gaza. A jornalista da NBC questionou Netanyahu sobre a viabilidade de um pacto para a libertação de mulheres, crianças e idosos, feitos reféns em 7 de outubro.
"Existe a possibilidade de um acordo?", perguntou a jornalista. Netanyahu respondeu afirmativamente, destacando que "quanto menos eu me manifesto sobre o assunto, mais aumento as chances de isso se concretizar".
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O primeiro-ministro enfatizou que a pressão militar israelense na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, tem impulsionado o avanço da situação. "Não estávamos nem perto de um acordo até que começamos as operações terrestres", disse ele. "Mas, no momento em que iniciamos as operações terrestres, as coisas começaram a mudar", acrescentou.
Netanyahu enfatizou a importância de pressionar os líderes do Hamas para alcançar um acordo. Ele afirmou que, se houver um acordo, será anunciado no momento apropriado. O Exército israelense estima que cerca de 240 pessoas foram feitas reféns durante o ataque inicial do Hamas em 7 de outubro, incluindo pelo menos 30 menores.
Netanyahu fala em "corredor seguro" para evacuação de pacientes
Em outra entrevista, concedida à CNN, Netanyahu concordou com a posição dos Estados Unidos de que uma pausa prolongada nos enfrentamentos em Gaza é necessária para garantir a libertação segura dos reféns. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, confirmou negociações ativas sobre os reféns, mas sem divulgar detalhes, seguindo a abordagem de Netanyahu de manter as negociações delicadas fora do domínio público.
Netanyahu também abordou a questão dos hospitais de Gaza, em particular o Al Shifa, destacando que estão sendo estabelecidos corredores seguros para a evacuação de pacientes e outras pessoas para áreas menos afetadas pelas operações no sul de Gaza. Ele mencionou que cerca de 100 pacientes já foram removidos do hospital Al Shifa.