Argentina aprova legalização do aborto até a 14ª semana de gestação
O texto estabelece que, após o período, o aborto será permitido apenas em casos de risco de vida ou estupro
O Senado da Argentina aprovou, na madrugada desta quarta-feira (30), o projeto de lei, de autoria do presidente Alberto Fernández, que autoriza o aborto voluntário até a 14ª semana de gestação. Após 12 horas de debate, foram 38 votos a favor da legalização, 29 contra e uma abstenção.
"É aprovado, vira lei e vai para o Executivo", explicou a vice-presidente Cristina Kirchner, que preside o Senado.
O texto aprovado estabelece, ainda, que, após o período de 14 semanas, o aborto será permitido apenas em casos de risco de vida para a gestante ou estupro.
El aborto seguro, legal y gratuito es ley.
— Alberto Fernández (@alferdez) December 30, 2020
A ello me comprometí que fuera en los días de campaña electoral.
Hoy somos una sociedad mejor que amplía derechos a las mujeres y garantiza la salud pública.
Recuperar el valor de la palabra empeñada. Compromiso de la política. pic.twitter.com/cZRy179Zrj
No Twitter, Fernández comemorou a aprovação do projeto: "O aborto seguro, legal e gratuito é lei. Hoje somos uma sociedade melhor, que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública", escreveu o presidente argentino.
Segundo informações da agência AP, abortos clandestinos já causaram a morte de mais 3 mil mulheres no país desde 1983. Todos os anos, cerca de 38 mil mulheres são hospitalizadas por conta deste procedimento.
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