Após ameaça de irmã do líder da Coreia do Norte, EUA alertam para possível teste nuclear
Pyongyang continua a ignorando as tentativas de Washington para retomar um diálogo sobre a desnuclearização da península coreana
A Coreia do Norte estaria ignorando as tentativas norte-americanas de diálogo e pode realizar ainda neste mês de abril o seu primeiro teste de uma arma nuclear em cinco anos, conforme alerta dado pelos Estados Unidos. Na última terça-feira (5), a influente irmã de Kim Jong-un, o líder norte coreano, Kim Yo Jong, declarou que a Coreia do Norte fará uso de armas nucleares para “eliminar” o exército sul-coreano se este lançar um ataque preventivo. As informações são da SIC Notícias.
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As conversações sobre a redução da ameaça nuclear de Pyongyang pareciam estar avançando durante o governo de Donald Trump, mas depois estagnaram. Com Joe Biden na Casa Branca, a Coreia do Norte iniciou uma série de 13 testes de mísseis. Em março deste ano, chegaram a fazer o lançamento de um míssil balístico intercontinental com capacidade para atingir a costa leste dos Estados Unidos transportando uma ogiva nuclear.
Washington acredita que Pyongyang está planejando para o dia 15 de abril, data do 110º aniversário do nascimento de Kim Il Sung, fundador da dinastia no poder na Coreia do Norte, uma grande demonstração do seu crescente poder nuclear para as celebrações. A informação foi repassada pelo alto responsável do Departamento de Estado norte-americano encarregado da Coreia do Norte, o enviado Sung Kim.
A Coreia do Norte procedeu a vários ensaios de armas nucleares a partir de 2006, sendo que o último foi realizado em 2017.
Tentativas de diálogo
Segundo o enviado norte-americano, Pyongyang continua a ignorando as tentativas de Washington para retomar um diálogo sobre a desnuclearização da península coreana.
“Não recebemos qualquer resposta de Pyongyang, o que é muito dececionante, porque enviámos várias mensagens, tanto em público como em privado, convidando-os para um diálogo sem condições prévias”, declarou, indicando que os últimos testes de mísseis balísticos representaram “uma grave ameaça à estabilidade regional”.
Ainda de acordo com Sung Kim, China e Rússia não estão ajudando o Presidente norte-americano, Joe Biden, nas suas tentativas de retomar as negociações com Kim Jong-un.