Mulheres fazem atos pelo 8 de Março

Dia Internacional da Mulher é lembrado com várias caminhadas por Belém

Ana Carolina Matos
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"O Estado brasileiro é o macho opressor". Sob gritos de ação contra opressões, muitas vezes legitimadas pelo próprio Estado brasileiro, centenas de mulheres se reúnem, na manhã deste domingo, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A concentração ocorre na praça Waldemar Henrique e a manifestação deve seguir pela rua Assis de Vasconcelos, até o Theatro da Paz.

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Entre as manifestantes, estão mulheres cis e transexuais brancas, negras e indígenas. Com cartazes e blusas com dizeres políticos, as mulheres pedem pela solução do caso do assassinato de Marielle Franco, pelo fim dos abusos e contra a ditadura em curso do governo de Jair Bolsonaro.

image Pelo menos dois atos tomam ruas esta manhã (Igor Mota)

Para a artesã Evanilde Pereira, de 62 anos, este é um dia importante de luta pelos direitos. "O dia 8 de março representa a nossa luta pelos nossos direitos. Por meio de mulheres que foram assassinadas, conseguimos alcançar muitas das nossas conquistas, mas ainda precisamos conquistar muita coisa. Não é um dia de ganhar flores, mas de irmos atrás dos nossos direitos, buscar o espaço a que temos direito", destaca.

image Cartazes e palavras de protesto marcam atos (Igor Mota)

Uma das integrantes de um grupo de mulheres jornalistas, Marta Brasil, de 57 anos, critica o modo como o país vem sendo conduzido pelo governo bolsonarista. "Nós jornalistas de modo geral estamos passando por um momento bastante difícil, que só se compara pela ditadura que vivemos anos atrás. Por isso achamos fundamental nesse momento nos reunirmos em mobilização", destaca.

"O 8 de março representa nossa luta pelos nossos direitos. Mulheres foram assassinadas para alcançarmos muitas das nossas conquistas. Ainda precisamos conquistar muita coisa. Não é um dia de ganhar flores, mas de irmos atrás dos nossos direitos, buscar o espaço a que temos direito", diz a artesã Evanilde Pereira

image Caminhadas ocorrem da escadinha à Praça da República (Igor Mota)
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