Banhada por dois rios, Marabá monitora o nível das águas sob risco de enchente

Nesta terça-feira (14), a régua fluviométrica do Rio Tocantins marcava 8,88 metros cima do normal

Tay Marquioro
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A grande quantidade de chuvas que tem caído sobre a região nos últimos dias vem acendendo o sinal de alerta das autoridades que atuam em Marabá, no sudeste do Estado. Equipes da Defesa Civil percorrem pontos de possíveis alagamentos e áreas periféricas onde, tradicionalmente, ocorrem enchentes. Nesta terça-feira (14), a régua fluviométrica do Rio Tocantins marcava 8,88 metros cima do normal. O nível considerado crítico é de 9,30 metros.

Uma dessas áreas monitoradas é o bairro Santa Rosa, no núcleo Marabá Pioneira, uma das primeiras a alagar. Moradores da Rua João Salame estão sobressaltados com a possibilidade de ter que sair de casa às pressas.

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“Eu estou preocupado. Em outros anos, a água chegou à metade da janela de casa”, conta Isaac Mendes, operador logístico. “Se tiver que sair de casa, vou para a casa da minha mãe, porque lá não alaga. Mesmo quando a água não sobe tanto não dá para ficar aqui, por causa de cobra”. Já para o ajudante de pedreiro, o período chuvoso prejudica até na renda da família. “O meu trabalho reduz muito durante o inverno, as construções param. Aí a gente já ganha menos, né? Eu já não sou novo, então essas mudanças são cansativas, mas não tem outro jeito. Até coloquei a casa à venda, mas com esse risco de enchente todo ano, não tem quem se interesse”, lamenta.

De acordo com a Defesa Civil, só na madrugada da última segunda-feira (13), choveu 116 milímetros. Um volume maior do que em toda a semana passada, quando choveu 110 milímetros. No entanto, não há registro de áreas alagadas e o órgão continua em alerta e monitoramento. “O nível do rio continua na casa dos 8 metros, mas estamos com equipes de monitoramento em todas as áreas, além de acompanhar como está se comportando a natureza dos rios. Preventivamente, já fizemos o mapeamento e famílias, para saber quem vai precisar de apoio no caso de enchente”, disse Marcos Andrade, coordenador da Defesa Civil.

Em outra frente, equipes do Serviço de Saneamento Ambiental também atuam na limpeza e desobstrução de bueiros e grotas, a fim de minimizar os impactos das chuvas pela cidade. O objetivo é facilitar o escoamento da água represada e, assim, prevenir alagamentos.

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