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Mães warao de Santarém aprendem massagem indiana para os bebês

A prática da Shantala é uma técnica de massagem capaz de aumentar o vínculo mãe-bebê e fornecer qualidade de vida ao recém-nascido

João Thiago Dias / Com informações da Agência Santarém
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Em Santarém, oeste paraense, mulheres indígenas da etnia warao aprenderam, na última semana de agosto, a prática da Shantala, técnica de massagem indiana capaz de aumentar o vínculo mãe-bebê e fornecer qualidade de vida ao recém-nascido. A ação foi realizada durante o encerramento da Semana da Amamentação para Indígenas Warao, na Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias (CAAF), da Prefeitura Municipal.

Shantala

A massagem foi divulgada na década de 70 pelo médico ginecologista e obstetra francês Dr. Frédérick Leboyer. Ao visitar a Índia, ele percebeu que era muito comum encontrar em ruas e praças públicas mães massageando os seus bebês, em um hábito cotidiano de cuidado e carinho. Esse diferencial das mamães é até hoje estudado e tem seus benefícios comprovados.

Além de uma técnica de massagem infantil, a Shantala é uma forma de comunicação que transmite amor pelo toque sutil das mãos. Ela proporciona relaxamento, bem-estar e amplia o contato com o bebê, fortalece o vínculo afetivo mãe/pai-bebê. É um momento único entre quem massageia e o bebê que recebe. Nesse momento, a mãe ou pai coloca sua atenção inteiramente voltada para o bebê, e o toque vai aonde as palavras não alcançam.

Agosto Dourado

A programação fez parte da campanha Agosto Dourado, que simboliza a luta pelo incentivo a amamentação. Foram várias atividades no espaço inaugurado em julho, o "Hanoco" (língua warao), um canto de amamentação, que serve também para roda de conversa, orientações e trocas de experiências e muito cuidado. As mães ganharam máscaras, kits para a prática da Shantala e de higiene pessoal e um coffee break bem saudável.

“Nós observamos que muitas mães warao não tinham incentivo quanto a amamentação e a alimentação saudável. Observamos que, hoje, depois de um trabalho importante realizado pela equipe da CAAF e com a parceria da ADRA/UNICEF, foi uma grande evolução. Elas estão mais participativas, trocam experiências e curtem o espaço de amamentação”, observou a coordenadora da CAAF, Juliana Fialho.

“Sabemos da fragilidade, principalmente, de saúde que essas famílias de refugiados chegam a nossa Casa de Acolhimento. Trabalhar a alimentação saudável desde o nascimento do bebê irá contribuir para que elas possam ter filhos saudáveis. A amamentação é fundamental nesse processo. Essa semana foi mais um momento enriquecedor”, acrescentou a secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Celsa Brito.

De acordo com a Prefeitura de Santarém, no CAAF, existe um quantitativo de sete mulheres que estão amamentando, embora somente três lactantes com leite exclusivo. As demais já estão introduzido outros tipos de alimentos. Atualmente existem 60 mulheres/mães e moças acolhidas.

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