Lucélia Santos relata perseguição política no Brasil e defende boicote

A atriz defende um boicote ao país por conta da atual situação política e econômica

Redação integrada com informações de Extra

Há 15 anos morando em Portugal, Lucélia Santos contou em uma entrevista ao programa "Você na TV", da portuguesa TVI, que saiu do Brasil revoltada com a atual situação política e econômica do país. Aos 62 anos, ela afirma ter sido "perseguida" por se expressar contra o governo.

"Sou perseguida por isso há muitos anos. Eu sempre tive uma posição de esquerda, assumidamente. Sempre tive do lado dos trabalhadores e das populações mais afetadas", disse em entrevista.

A atriz criticou o atual cenário político, classificando como "pior momento do Brasil desde a ditadura militar".

"É um retrocesso civilizatório, uma coisa inexplicável. Todo o dia no Brasil você acorda e acha que está vivendo um pesadelo. Só que você acorda e está dentro do pesadelo, porque ele não passa. E a cada dia as notícias vão piorando. É um desrespeito total às instituições, à constituição, inclusive. A grande meta no Brasil hoje é defender a democracia, que está frágil. A gente está debaixo das botas dos militares, inclusive com relação ao Supremo Tribunal Federal. Isso é uma crise institucional e quase constitucional", desabafou ela.

Para Lucélia, um dos maiores problemas é a questão ambiental: "O Brasil é o país que tem o maior potencial ambiental do planeta hoje. Talvez junto com o continente africano e a Austrália. Nós temos a maior floresta tropical úmido do mundo, que é a Floresta Amazônica. E eles querem destruir tudo".

Boicote

Lucélia sugere que Portugal faça um boicote ao Brasil. "Acho que vocês podem nos ajudar. Tem que boicotar todos os que querem destruir a floresta: as empresas, os produtos. Não comprar mais. Isso é uma forma séria de dar um basta. Esse produto está comprometido com a destruição da floresta, que implica na destruição do clima, da humanidade... boicota, rompe contrato, não compra. Essa é a única linguagem que se pode entender porque é a linguagem do capital", disse a atriz.

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O Liberal
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