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Justiça volta atrás e autoriza que pais registrem filho com nome do primeiro faraó negro do Egito

Bebê Piiê nasceu no último dia 31 de agosto, e cartório não permitiu registro. Justiça também chegou a impedir o nome, mas reconsiderou a decisão

Gabriel Bentes
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A Justiça de Minas Gerais autorizou na última quarta-feira (11) que um casal de Belo Horizonte registre o filho com o nome Piiê, que homenageia o primeiro faraó negro do Egito. A decisão vem 11 dias após o nascimento do menino, em 31 de agosto.

Inicialmente, o cartório havia negado o registro do nome do filho de Catarina e Danillo Prímola devido à grafia. A Justiça, por sua vez, argumentou que a criança sofreria bullying devido o nome ser semelhante ao nome do passo de ballet “plié”.

No entanto, horas depois, a juíza Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, da Vara de Registros Públicos da Comarca de Belo Horizonte, responsável pelo caso, reconsiderou a decisão e autorizou que o bebê fosse registrado com o nome escolhido pelos pais, mesmo que a criança esteja sujeito, pela dificuldade da grafia e pela pronúncia, a possíveis constrangimentos.

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Quem foi Piiê, o primeiro faraó negro do Egito?

Piiê, ou Piye, foi filho do rei núbio Kashta, que tentou dominar o Egito. Após sua morte, a missão de conquistar o local passou para o herdeiro da Núbia. Acreditava-se que ele era apoiado por Amon, deus responsável pela criação do mundo. Ao fim de muitas guerras e vitórias, Piiê conquistou terras do norte sudanês ao Mediterrâneo, se tornando o primeiro faraó negro da história.

(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de oliberal.com)

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