Jornalismo encanta jovens estudantes

PROFISSÃO - Futuros jornalistas destacam o amor e os desafios pela comunicação social

Alinne Morais, especial para O Liberal

Ser jornalista. Essa é a escolha feita por muitos estudantes na hora de definir qual profissão seguir. A possibilidade de informar a sociedade, dar voz aos que precisam, conhecer diferentes pessoas, histórias, realidades, levantar questionamentos e ajudar a solucionar problemas e propor soluções no cotidiano, são atrativos. Além, é claro, da tradicional afinidade com a escrita e leitura.

Vinícius Macêdo, 20, cursa o 4º semestre de Jornalismo na Universidade da Amazônia (Unama). Foi no ensino médio que decidiu, de fato, o que queria como profissão. Sempre foi apaixonado pelo universo da comunicação. “O jornalismo te faz pensar, te retira da zona de conforto. Você entra em contato com diversas pessoas e realidades e assim, pode conhecer o lado mais verdadeiro do mundo”, diz ele.

Já Heloiá Carneiro, 27, está no 2° semestre pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Nascida em Belém e criada na comunidade quilombola de Bairro Alto, em Salvaterra, ela encontrou, na facilidade que tem para se comunicar, a porta de entrada para a escolha da profissão. A possibilidade de adquirir conhecimento e reverter em ações políticas em prol de sua comunidade, também influenciaram.

Atualmente, Heloiá ainda não trabalha na área. No entanto, tem o objetivo de iniciar o estágio no ano que vem. Já Vinícius atua há quase um ano e meio como estagiário da TV Unama. Ambos têm mais afinidade com o universo digital. Mesmo assim, sabem e reconhecem a importância do jornal impresso para a profissão e os profissionais.

IMPRESSO

Na infância, Vinícius observava os familiares, que eram assinantes de O LIBERAL, acompanharem as notícias por meio do impresso. Por consequência, também passou a ler. Hoje, ele já não tem o hábito de consumir a edição física dos jornais. Se informa por meio da versão mobile de veículos locais, nacionais e mundiais.

Heloiá, por sua vez, gosta de ler o impresso sempre que pode mas, não compra com frequência. Para ela, o contato com materiais físicos possibilita uma experiência que não se tem com as plataformas digitais. “O acesso à informação nesse tipo de meio faz com que nós, quanto profissionais, atentemos para a preservação do comprometimento com a notícia e a forma com que é escrita”, explica.

Já Vinícius observa ainda que o impresso é o alicerce mais puro do jornalismo. “Aqueles fundamentos do jornalismo, apuração, imparcialidade, objetividade, clareza e o próprio lead, que usamos até hoje, foi implementado e disseminado através do jornal impresso”, explica ele. “Eu diria que o jornal impresso é uma escola para os jornalistas”, pontua.

DIGITAL

O jovem universitário destaca ainda que o digital deve ser encarado como um aliado do impresso e nunca como uma ameaça. Ele comenta também que para isso é importante adaptar a linguagem e o conteúdo para a nova plataforma. Já Heloiá lembra que o on-line conta com fatores como alcance e mobilidade. No entanto ressalta que mesmo emuma era dominada pela internet, o impresso ainda tem peso, público e espaço. 

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