Pacientes com diabetes reclamam da falta de insulina em centro médico de Belém

O Centro de Especialidades Médico e Odontológica (Cemo), localizado na Almirante Barroso, em Belém, está sem insulinas, de acordo com o denunciante Fabio Gomes.

Segundo informações encaminhadas para a equipe do Eu Repórter, a falta do medicamento ocorre há mais de seis meses. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que está licitando a compra de insulina. 

"Se você ligar para o centro, os atendentes vão até confirmar esse caso. A prefeitura não repassa o valor para a Cemo, como forma de distribuir para os pacientes que necessitam deste medicamento", pontuou.

O pai de Gomes adquiriu diabetes e, como consequência, também glaucoma e catarata. O denunciante afirma que o pai está sendo prejudicado, já que, por se tratar de um tratamento contínuo, o valor está muito elevado para continuar pagando.

"Meu pai, infelizmente, acabou perdendo a visão por conta da doença. É uma luta diária e faz com que nós nos empenhamos muito para tratá-lo, mas nós estamos vencendo, porém, não sabemos até quando", desabafou Fabio.

"As insulinas são muito caras, tanto a lenta quanto a insulina rápida que é mais de 50 reais. Custa bastante a compra de semana em semana. Estou entrando em contato quase todos os dias com o pessoal da Cemo e eles dizem a mesma coisa", disse Fabio Gomes.

Resposta da Sesma

Em nota, a Sesma informou que existem processos licitatórios vigentes, que se encontram em fase de finalização, para ambos os tipos de insulinas. 

"A Sesma reforça que também aguarda a entrega de fornecedores de processos anteriores, que estão apresentando dificuldades na entrega dos medicamentos por serem produtos importados", comunicou. 

O órgão também ressalta que as insulinas estão sendo entregues de forma parcial e à medida que chegam são repassadas imediatamente ao Cemo, e reforça que está tratando como prioridade a regularização do abastecimento desses insumos. 

"Para portadores de Diabetes Melitus Tipo 1, a Insulina Análoga de Ação Rápida já é padronizada no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), que fica sob responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde (Sespa)", informou o órgão municipal. 

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(Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Eduardo Laviano)