'Insuportável', diz morador sobre descarte irregular de lixo na Ilha de Mosqueiro
Denúncias afirmam que o espaço vive sujo mesmo que a limpeza pela prefeitura seja feita regularmente
O bairro da Vila, um dos locais mais frequentados da Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, está sendo alvo de práticas irregulares de descarte de lixo e entulho no local. Segundo a denúncia, a calçada do Cemitério São José, na rua Siqueira Mendes, passou a ser usado como espaço de acúmulo de lixo doméstico e outros resíduos, que estão sendo jogados pelos próprios moradores e visitantes da área.
Em relatos anônimos enviados à equipe do Eu Repórter, a situação ocorre há tempos e nenhuma medida punitiva ou de fiscalização é realizada, pois os denunciantes admitem que a coleta de lixo, por parte dos órgãos públicos responsáveis, é feita de maneira regular e com limpezas em curtos espaços de tempo.
Um morador da passagem conta que jogar lixo no local já virou costume e que os entulhos que se formam na calçada incentivam outras pessoas à praticarem o mesmo ato. "A equipe vem, limpa, vai embora e as pessoas voltam a sujar. Isso toda semana. É uma situação insuportável", desabafa.
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Os maiores problemas que a comunidade enfrenta, segundo os reclamantes, é o odor fétido que exala no local, além do lixão atrair animais e insetos nocivos à saúde e à qualidade de vida de quem reside no entorno do cemitério.
Além disso, um dos denunciantes conta que a quantidade considerável do entulho, em muitos casos, ultrapassa os limites da calçada, tomando conta de uma parte da rua. Devido a pista ser estreita e de via dupla, a situação também é classificada como de risco à segurança de quem trafega pela área.
A Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Agência Distrital de Mosqueiro (Admos) e Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), informa que realiza a coleta de entulhos e lixo doméstico regularmente em todos os bairros do distrito. A área citada não foge ao roteiro.
A Admos lamenta o comportamento de alguns moradores que ainda teimam em depositar lixo em áreas de descartes irregulares, principalmente nesta época do inverno amazônico, quando crescem as zonas de proliferação de vetores de doenças, como dengue e malária.
Para combater a prática, a Admos está finalizando o curso de Formação de Agentes Comunitários de Proteção Ambiental. Serão 30 agentes que atuarão em conjunto com os Agentes Comunitários de Saúde(ACS), vinculados ao Departamento de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), nas ações de orientações e fiscalizações.
A previsão é que a turma de defesa do meio ambiente entre em campo após o período do Carnaval. A ideia é transformar as áreas de descarte irregular de lixo em jardins ornamentais e áreas de plantio de espécies medicinais e flora amazônica.
O projeto Eu Repórter é uma iniciativa do Grupo Liberal, que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo. Para participar das reportagens e conteúdos, compartilhando histórias, denúncias e sugestões de matérias com a redação de O Liberal, basta acessar o site eureporter.grupoliberal.com ou enviar suas informações para o Whatsapp (91) 98565-7449, onde será iniciada uma conversa diretamente com repórteres da redação. A denúncia pode ser feita de forma anônima.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Camila Moreira
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