Escola infantil está sem aulas em tempo integral e não repõe as canceladas, diz denúncia

A Escola Municipal de Ensino Infantil Venuzina Marinho de Souza, localizada na avenida Alcindo Cacela, no bairro da Cremação, em Belém, está com problemas em seu cronograma de ensino. Pais de alunos reclamam que as aulas não estão sendo realizadas em tempo integral e que não há profissionais para reposição das que foram canceladas. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) informou que já está providenciando a lotação de professores para atender a unidade em breve.

O problema teria começado no mês passado quando alguns professores adoeceram e a escola não demandava de outros profissionais para repor as aulas. Segundo as denúncias, as atividades ocorrem apenas em um período, pela manhã ou pela tarde. Responsáveis reclamam que os alunos do Berçário II estão sendo prejudicados, pois a creche deveria fornecer o tempo integral de 7h30 às 17h30, o que não está ocorrendo.

"A coordenação do local dizia que alguns professores passavam mal e não podiam ir até a creche. Nós entendemos sobre essa questão dos profissionais, porém a escola não põe nenhum docente para repor a aula. Há duas professoras que trabalham na creche, uma trabalha de manhã e outra pela tarde. Só que, como a profissional que trabalha de manhã faltou, eles não repõem a aula e as crianças ficam sem aula", pontuou a mãe de um dos alunos que não quis ser identificada.

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Além disso, as faltas estariam prejudicando a dinâmica diária dos pais que precisam trabalhar e deixar as crianças na creche. Eles questionam se a instituição não poderia chamar professores substitutos, pois os pais não têm com quem deixar os filhos e estão se ausentando dos seus empregos.

Na última segunda-feira (20), os pais dos alunos relataram que as aulas só ocorreram no período da tarde. No dia seguinte, a direção da escola enviou um comunicado avisando que a professora da tarde adoeceu e, consequentemente, as aulas do dia foram canceladas. Na quarta-feira (22), a Sesma suspendeu as atividades presenciais para ocorrer a dedetização do espaço, como forma de combater a síndrome mão-pé-boca.

"Foi a semana toda sem aula. Nós esperamos que a partir da semana que vem, as aulas sejam em tempo integral como é prometido pela instituição e se não vão inventar outra desculpa. Tentei conversar com a coordenação e perguntei se não teria a possibilidade de colocar uma outra pessoa ou chamar uma outra profissional para não ficar desfalcado, porém, ela não retornou as mensagens", disse a denunciante anônima.

O projeto Eu Repórter é uma iniciativa do Grupo Liberal, que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo. Para participar das reportagens e conteúdos, compartilhando histórias, denúncias e sugestões de matérias com a redação de O Liberal, basta acessar o site eureporter.grupoliberal.com ou enviar suas informações para o WhatsApp (91) 98565-7449, onde será iniciada uma conversa diretamente com repórteres da redação. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

(Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem de O Liberal)