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Em Ananindeua, passageiros se arriscam para pegar ônibus que 'queimam' paradas

Denunciantes afirmam que os motoristas pegam uma rota irregular, prejudicando quem precisa subir nos coletivos

Carolina Mota

Imagens enviadas à equipe o Eu Repórter, mostram usuários do transporte coletivo se arriscando para atravessar a BR-316, em frente ao Instituto Evandro Chagas, na tentativa de pegar ônibus que estão passando pelos pontos, mas não param para a entrada de novos passageiros.


Segundo relatos, um retorno e um desvio de rota precisaram ser feitos devido às obras do BRT, porém a pista da BR continua sendo utilizada por carros maiores, como ônibus, que precisam parar nas paradas sinalizadas. No entanto, os veículos estão pegando indevidamente a rota do desvio, fazendo com o que os passageiros precisem atravessar a pista para subir nos coletivos.

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A denunciante que fez as gravações conta, de forma anônima, que a situação ocorre todos os dias, prejudicando a rotina de quem faz uso do transporte público. "Os ônibus não param, então a gente passa cerca de 40 minutos, uma hora, para tentar pegar, o que é um absurdo", fala.

Ela conta que as pessoas colocam a vida em risco, pois não há sinalização, semáforos ou passarelas na área, fazendo com que os usuários precisem atravessar a pista por entre os carros. "A gente consegue atravessar pedindo para os carros frearem. Alguns são gentis e param, mas outros aceleram. Numa dessa, pode atropelar alguém, mas que opção a gente tem?", questiona.

"Por diversas vezes cheguei atrasado no trabalho e levei bronca da minha chefia. Tem alunos que chegam tarde na escola e são impedidos de entrar. Tudo porque os motoristas não respeitam os pontos de parada e nem respeitam a gente, que paga pelo serviço", diz outro passageiro em um relato anônimo.

A Redação Integrada do Grupo Liberal solicitou nota para a Prefeitura de Ananindeua e para a Setransbel, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros, e aguarda um posicionamento.

O projeto Eu Repórter é uma iniciativa do Grupo Liberal, que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo. Para participar das reportagens e conteúdos, compartilhando histórias, denúncias e sugestões de matérias com a redação de O Liberal, basta acessar o site eureporter.grupoliberal.com ou enviar suas informações para o Whatsapp (91) 98565-7449, onde será iniciada uma conversa diretamente com repórteres da redação. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem de O Liberal)

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