Parauapebas cria parque natural em área urbana da cidade

O parque natural Maria Bonita possui 110,47 hectares de área e abriga centenas de aves e mais de 60 espécies de plantas e árvores

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Localizado no sudeste do Pará, Parauapebas é um dos municípios que mais vêm crescendo no Estado, e é conhecido dentro e fora do Brasil por sua alta produção de minério, principalmente de ferro. Mas há uma outra riqueza na região: a Floresta Nacional de Carajás, administrada pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) juntamente com a mineradora Vale.

São 411.998 hectares de terras riquíssimas em biodiversidade, onde estão espalhadas centenas de cavernas e cachoeiras e muitas outras atrações naturais. E, para quem é amante da natureza, no mês de outubro o prefeito de Parauapebas, Darci Lermen, criou um parque natural que nada mais é do que um pedacinho da Floresta Nacional de Carajás em plena zona urbana da cidade, entre os bairros Alvorá e Nova Carajás.

image Parque ambiental promete movimentar a economia do município com o ecoturismo (Divulgação Prefeitura de Parauapebas)

Batizado de “Maria Bonita”, o parque natural possui 110,47 hectares de área - o correspondente a cerca de 110 campos de futebol .Trata-se de uma unidade de conservação integral, cuja criação foi motivada por um estudo realizado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).

Os estudos identificaram 121 espécies de aves, como a arara azul, considerada em extinção, a jacupiranga e a maria bonita, ave endêmica da região amazônica, mas visualizada apenas no Mato Grosso e no Pará, sendo Parauapebas o município com maior número de visualizações. 

Na área também foram identificadas 67 espécies de plantas e árvores e nove espécies de mamíferos de médio e grande portes. “Em relação às espécies de flora, nós temos castanheiras e outras espécies extremamente importantes, ameaçadas de extinção. Então esse espaço é de relevante interesse para a manutenção dessas espécies”, diz a ambientalista ambiental Bárbara Faro, gerente das Áreas de Proteção Permanente (APPs) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).

 No decreto de criação do parque, o prefeito Darci Lermen justifica que a finalidade é “proteger o conjunto paisagístico, ecológico, promover a proteção, recuperação dos recursos naturais, garantir a ocupação ordenada do solo, possibilitar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e turismo ecológico”.

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Ponto turístico

Animados com a criação da área natural, os ambientalistas estão convencidos de que o “Maria Bonita” reúne todas as condições para se transformar em ponto turístico ecológico, com capacidade para atrair gente de todo o País.

“Aqui é uma unidade de proteção integral e vai ser realmente um ponto de atração turística e ecoturística na nossa cidade. Em breve, teremos grandes realizações no interior do parque para que Parauapebas possa estar conhecendo e participando e usufruindo dessa beleza e esse espetáculo da natureza”, diz o coordenador de Áreas Protegidas da Semma, Reginaldo Oliveira.

 Próximos passos

Pelo decreto municipal, entre as medidas que devem ser adotadas pela Semma estão: elaborar o Plano de Manejo e Zoneamento Ecológico e Econômico do Parque Maria Bonita, que norteará e definirá as atividades permitidas, restringidas e proibidas no âmbito da Unidade de Proteção Integral; e utilizar instrumentos legais e recursos financeiros, incentivos governamentais ou não, visando à proteção, conservação e recuperação ambiental da unidade de conservação, bem como o uso racional dos recursos naturais pautados no desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da população do Município.

O decreto prevê a criação, por ato do Poder Executivo, da Coordenadoria Especial de Áreas Protegidas, vinculada à Semma, que será responsável pela gestão das unidades de conservação municipais e demais áreas protegidas.

 Benefícios

Com a criação da unidade de conservação, aponta a Ufra nos estudos, os benefícios à população vão além da proteção do patrimônio natural e cultural do município. O parque irá diversificar a economia local, aumentar a oferta de empregos e de renda para a comunidade com o ecoturismo, estimular a manufatura de bens locais, valorizar os imóveis circunvizinhos, irá proteger nascentes e cursos d’água, diversificar e integrar o espaço construído, valorizando o visual do ambiente urbano.

Para conferir essas e outras ações no município de Parauapebas, clique aqui

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