Parque da Cidade e Porto Futuro já estão cerca de 80% concluídos
Espaços fazem parte das obras estruturantes para receber a COP 30
A capital paraense vive a velocidade dos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), a COP 30. O evento, marcado para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro, deve receber cerca de 50 mil pessoas. As frentes de trabalho do Governo do Pará incluem ações em áreas como infraestrutura, saneamento, turismo, mobilidade, transporte, meio ambiente e qualificação profissional.
Helder Barbalho, governador do Pará, celebra o momento histórico e o legado que ficará para a população. “Hoje, Belém é a cidade do Brasil com maior nível de investimento público entre todas as mais de 5.600 cidades do nosso país. Obras que estão transformando a paisagem da nossa capital. Fui ao Parque da Cidade semana passada. A obra está com 80% pronta. Em agosto, a obra estará toda pronta. No Porto Futuro, com 82% da obra pronta. A Doca está com mais de 72% pronta”, comenta.
Destinado a ser o principal local da COP 30, o Parque da Cidade está sendo construído em uma área de 500 mil m², anteriormente ocupada por um aeroporto desativado. O projeto final do parque ampliará a área verde da cidade com o plantio e transplantio de 2500 árvores, além de contemplar o Museu da Aviação, um Centro de Economia Criativa, Boulevard Gastronômico, ciclotrilha e ecotrilha, áreas verdes preservadas, lago e instalações esportivas voltadas para a promoção da qualidade de vida, lazer, cultura, arte e bem-estar.
Já o Porto Futuro II amplia a requalificação da orla portuária da cidade, com espaços voltados ao turismo, à cultura e ao lazer. Cinco galpões cedidos pela Companhia Docas do Pará (CDP) ao governo do Estado estão sendo recuperados e vão ser transformados em um complexo de lazer e gastronomia, com um inovador pólo de bioeconomia, que será um novo ponto turístico da cidade. Com espaço para valorização da cultura popular, do patrimônio imaterial, da história amazônica, das experiências gastronômicas e também da biodiversidade do Pará. O espaço terá o Centro de Inovação e Bioeconomia, Museu das Amazonias e a Caixa Cultural.
A vice-governadora Hana Ghassan destaca a importância de olhar para as pessoas em todo o processo. “Entendemos que a COP não é feita apenas da construção de espaços como o Parque da Cidade, que sediará este encontro - nossa preocupação sempre foi envolver a população do nosso estado neste grande evento e deixar um legado para o povo paraense”, pontua.
Capacita COP
Uma das iniciativas para geração de oportunidades com o evento está na qualificação profissional. “Através do programa 'Capacita COP 30' asseguramos a construção de um legado imaterial, que eleva a mão de obra do estado a um novo patamar, permitindo o desenvolvimento de novas atividades econômicas ligadas ao setor de serviço que irão proporcionar alternativas de emprego e renda para a população mesmo após a COP30", acrescenta a vice-governadora.
O programa Capacita COP 30 oferta 105 cursos gratuitos nas áreas de turismo, produção alimentícia, infraestrutura e segurança do trabalho nas modalidades EAD e presencial, em polos da Região Metropolitana de Belém, Santarém, Marajó e Salinópolis. As aulas são ministradas por 25 parceiros, entre secretarias de Governo, instituições de ensino e entidades da iniciativa privada.
Até o momento, cerca de 16 mil pessoas já fizeram cursos de qualificação no programa – deste total 4.500 estudantes foram certificados em cursos promovidos pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Sectet), e o restante por entidades parceiras como a Coca-Cola, Instituto Federal do Pará e Sesi.
Macrodrenagem de canais
Projetos de macrodrenagem estão sendo implementados em 16 canais das bacias do Tucunduba, Murucutu, Una e Tamandaré. Estão previstas a instalação de 59,5 km de redes de esgotamento sanitário e mais de 10 mil ramais domiciliares, beneficiando diretamente comunidades que vivem nas margens desses cursos d’água.
“É o maior programa de macrodrenagem que Belém já assistiu sendo feito a partir destas obras de investimento. Temos mais de 600 ruas pavimentadas na periferia da cidade. O sucesso destas obras não é o sucesso de um governo, não é o sucesso de um agente público, é o sucesso de um estado com a certeza de que nós poderemos dizer ao mundo que Belém é a capital da Amazônia” - Helder Barbalho, governador do Pará
Terminais hidroviários e travessia fluvial
Outra frente de atuação do Governo do Pará é a construção de três terminais hidroviários para viabilizar o transporte e a recepção de turistas. O Terminal Hidroviário Turístico da Tamandaré vai descentralizar o fluxo de embarcações e melhorar a infraestrutura da cidade, ao constituir mais uma alternativa de travessia à famosa Ilha do Combu (em frente a Belém) e às demais ilhas da capital.
Já o Terminal Hidroviário Turístico de Icoaraci é uma obra estratégica para impulsionar a mobilidade e o turismo no distrito de Icoaraci, em Belém. O terminal será destinado ao atendimento aos passageiros que moram nas ilhas próximas ao distrito que dependem das rotas fluviais para se deslocar para o trabalho ou para casa, além de ser mais uma alternativa de ancoragem para os navios-hotéis para a COP 30.
Por fim, o Terminal Hidroviário Internacional, localizado no bairro do Reduto, receberá navios-hotel que acomodarão participantes do evento e também será um sofisticado lobby de recepção. Após a COP 30, a estrutura se consolidará como um ponto estratégico para o turismo, fortalecendo a conectividade da capital paraense com outras localidades da Amazônia e do exterior.