Entenda os perigos das dietas radicais
Restringir demais as opções de alimentos ou ficar muitas horas sem comer pode ser prejudicial ao organismo
A busca pelo emagrecimento rápido e o alcance de um padrão de beleza socialmente aceito como “correto” leva muitas pessoas a fazerem mudanças drásticas nos seus hábitos alimentares, muitas vezes sem orientação profissional. Entram em cenas as dietas radicais, que geralmente são pobres em nutrientes indispensáveis, como carboidratos, proteínas, vitaminas e sais minerais.
O nutricionista do Sistema Hapvida, Igor Oliveira, diz que é preciso ter muito cuidado com as dietas excessivamente restritivas. “Essas dietas são responsáveis por aumentar, na maioria dos casos, problemas de saúde, assim como deficiências nutricionais, além de causarem o desenvolvimento ou piora do quadro de algum transtorno ou compulsão alimentar”, esclarece.
Através do corte rápido de muitos itens consumidos pelo corpo no dia a dia, os planos alimentares mais radicais comumente causam alguma perda de peso, mas propõem uma rotina muito difícil de ser mantida a longo prazo, e com frequência o ganho de peso acaba aparecendo pouco tempo depois, o chamado “efeito sanfona”.
Da mesma forma, jejuns frequentes e poucas refeições ao longo do dia, sem a devida orientação médica ou do nutricionista, podem causar problemas à saúde, desaceleração do metabolismo e a perda da massa muscular.
Igor Oliveira afirma que uma boa alimentação não precisa ser restrita demais, e sim balanceada. “Não é preciso fazer dietas malucas para chegar em um bom resultado, seja de emagrecimento, aumento de massa muscular ou controle de alguma condição metabólica, como diabetes ou hipertensão”, completa o nutricionista.
Outro ponto de alerta é o consumo indiscriminado de remédios para emagrecimento. A automedicação com o objetivo de reduzir quilos em poucas semanas pode levar a problemas sérios, como reações de mal-estar prolongadas.
Para uma mudança efetiva e saudável, começar um processo consistente de reeducação alimentar orientado por um profissional é fundamental. “A alimentação tem que ser algo leve, prazeroso e, consequentemente, que você vai levar para o resto da sua vida”, conclui Igor Oliveira.
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