Como economizar na conta de energia em 2022?
Modelo de contratação fora das bandeiras tarifárias garante de 25% a 30% de redução de custos.
Consumidores com demanda igual ou superior a 500 kW já podem aderir ao Mercado Livre de Energia ou Ambiente de Contratação Livre (ACL). Essa nova alternativa é fruto da flexibilização da lei que permite a compra direta desse insumo com comercializadoras e geradoras de energia. A mudança deve beneficiar principalmente pequenas e médias empresas.
Até então, esse público só podia ser atendido pelo chamado Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou mercado cativo, em que a energia é adquirida por meio da concessionária local. Nesse modelo, os preços são determinados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as faturas sofrem influência das bandeiras tarifárias. Atualmente, com a crise hídrica que afeta os principais reservatórios do país, está em vigor a bandeira vermelha no patamar 2, com custo de R$ 14,20 a cada 100kWh.
“A vantagem dos consumidores livres é que eles, uma vez contratados em energia elétrica com preços previamente definidos em contratos de longo prazo, não ficam expostos aos aumentos da tarifa no mercado cativo, os quais são repassados automaticamente através das bandeiras tarifárias e, no futuro, através dos reajustes das tarifas das concessionárias de distribuição de energia”, afirma Tiago Ramos, gerente comercial da Elétron Energy, empresa atuante no mercado livre de energia em todo Brasil e com escritorios nos estados do Pará, Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo.
A negociação da energia com preços mais baixos que os da distribuidora implica na redução de custos, que variam entre 25% e 30%. A segurança no suprimento e previsibilidade de desembolso com energia elétrica também são outros atrativos do ACL. Além disso, é possível, por exemplo, fazer contratos de médio, longo ou curto prazo, conforme a necessidade do consumidor. Com essas vantagens, o ACL é uma opção vantajosa para economizar com energia em 2022.
De acordo com dados do Boletim Abraceel do mês de dezembro de 2021, o Brasil tem em média, 50% da geração de energia renovável consumida no Mercado Livre de Energia.
Quem migra para este modelo paga uma taxa única de adesão no valor de R$ 7.394,00, além do custo de adequação da cabine de medição ao padrão do Mercado Livre, que varia entre R$ 10 mil a R$ 20 mil. Contudo, a longo prazo, a mudança torna-se mais benéfica, já que os consumidores conseguem uma redução média anual de 23% no preço da energia.
Segundo a Portaria MME 465/2019, a partir de 1º de janeiro de 2023, os consumidores com carga igual ou superior a 500 kW, atendidos em qualquer tensão, poderão optar pela compra de energia elétrica a qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional.
Ainda de acordo com essa Portaria, a expectativa é de que, a partir de 1º de janeiro de 2024, aconteça a abertura total do mercado livre de energia, incluindo consumidores residenciais.
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