Com novo olhar para os lares, segmento de tintas aposta em sensações causadas pelas cores

A quarentena e o isolamento social, impostos pela pandemia de covid-19, trouxe preocupações, desânimo, mas também trouxe um novo olhar para dentro de casa. Se antes faltava tempo, a nova realidade acabou tornando necessidades do lar prioridade.

“Teve muito sentimento da necessidade de mudança, principalmente por saber que você vai ficar mais tempo dentro de casa. Então, quando as pessoas encontraram problemas recorrentes como infiltrações, paredes descascadas, e até mofo no ambiente, elas não queriam essa aparência para o lar, começaram a buscar um novo modo de ver a sua própria casa e apostaram bastante em cores”, diz o gerente da Dismonza Tintas, em Belém, Nathan Silva.

Nathan Silva, gerente da Dismonza Tintas em Belém, pontua que infiltrações, paredes descascadas e mofo, foram os principais motivos que fizeram com que os clientes aderissem à reformas durante a pandemia (Arquivo pessoal)

O mercado de tintas, inclusive, ficou mais valorizado. Segundo o pintor Reine Machado, o segmento passou a ser visto de outra forma. “Vários clientes passaram a valorizar a qualidade dos produtos e também a mão de obra, para terem serviços de excelência”.

Reine Machado trabalha como pintor e destaca que as demandas por pintura aumentaram durante a pandemia (Arquivo pessoal)

De acordo com Nathan, esse novo olhar, que busca pensar mais na qualidade do que no valor das coisas, é um pensamento a longo prazo. “A qualidade do produto já era uma exigência dos nossos clientes e essa exigência apenas aumentou, pois todos se apegaram ainda mais em ter algo que realmente seja duradouro e de qualidade mais alta, e que, ao mesmo tempo, transmitisse carinho e amor para dentro do lar”, explica o gerente.

Busca por materiais de qualidade é uma das prioridades dos clientes para reforma dos lares (Divulgação Dismonza)

Uma tendência que se viu ao longo desse período em isolamento foi a necessidade de reconexão com a natureza, o que inspirou a paleta Repenso, das cores do Suvinil Revela. Com tons mais naturais e texturas imperfeitas, Reine diz que ele trabalhou bastante com as cores crômio, pena de ganso e prata. Na loja da Dismonza, Nathan informa que houve muita procura pela cor do ano, a “Meia-Luz”, e também de cores que causassem sentimento de harmonia para os ambientes.

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