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Dia Mundial do Meio Ambiente: Veja como o setor siderúrgico pode contribuir para um futuro verde

Modernização de processos operacionais e alternativas de consumo de energia são prioridades para uma produção mais sustentável

Dayane Baía | Especial para O Liberal

A indústria brasileira do aço é responsável por 54,9% da produção, ocupando a primeira posição entre os países da América Latina e a 9ª no ranking mundial, com participação de 1,8% da produção. Os dados são de 2023, divulgados pelo Instituto Aço Brasil, entidade representativa das empresas brasileiras produtoras de aço, que analisa as séries históricas do setor.

Além de contribuir com a economia e o crescimento do país, a siderurgia se une em prol de ações de transformação para um futuro mais sustentável. O segmento tem avançado na participação de debates sobre sustentabilidade, tema que ganha ainda mais força neste Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. 

Entre os desafios está a redução do impacto do consumo energético, poluição e emissões de carbono, um dos causadores do efeito estufa e do aquecimento global. Para isso, o setor tem investido na modernização de processos de produção, que utilizam fornos de temperaturas extremas para transformar minério de ferro em aço e seus derivados.

Outra solução está em parcerias para a construção de parques eólicos e solares que possam suprir uma parte significativa da demanda de consumo. Além das energias renováveis, a eficiência energética também é uma prioridade.

Economia circular

Em Marabá, a SINOBRAS, empresa do Grupo Aço Cearense, trabalha sob a ótica da economia circular. A maior recicladora do norte/nordeste brasileiro produz aço com 70% de sucata e 30% de ferro-gusa líquido. 

“Nós atuamos na verticalização da produção do aço, somos uma siderúrgica integrada que desenvolve atividades de transformação do minério de ferro e de produção do aço e leva ao consumidor final itens como vergalhões, fio máquina, telas e treliças” - Junimara Chaves, gerente de Sustentabilidade da SINOBRAS.

A economia circular se baseia na redução de resíduos e poluição desde o início do processo produtivo, mantendo os produtos em ciclo de uso e regenerando os sistemas biológicos naturais. Isso é possível com o uso de carvão vegetal, o biorredutor produzido em mais de 46 mil hectares de fazenda de plantio de eucalipto, na SINOBRAS Florestal, em São Bento do Tocantins (TO).

De acordo com Junimara, as práticas agregam valor ao processo produtivo e ao meio ambiente. “Com a sucata, se recicla um resíduo que seria descartado. No modelo de economia circular, se aproveita também tudo o que é gerado no processo, como o gás de alto forno é reutilizado e assim se consome menos gás GLP. O gusa também é transportado para a aciaria ainda líquido, reduzindo o gasto de energia; os resíduos finos se tornam co-produtos para a sinterização e retornam para a produção”, cita a gerente.

O comprometimento da empresa também cria oportunidades de negócios que contribuem para os cuidados ambientais, econômicos e sociais. “O processo integrado permite a ciclagem de tudo o que é gerado, aproveitamento de energia e agregando mais valor aos produtos. além disso, tem uma cadeia indireta que é beneficiada na região, com formação de mão de obra e investimentos em logística”, acrescenta Junimara.

O trabalho desenvolvido nas SINOBRAS é um indicativo de que as indústrias são importantes agentes da sociedade na conquista de um futuro mais verde para o planeta. Para saber mais sobre as ações da SINOBRAS, clique aqui.

 

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