Lâmpadas de mercúrio apresentam riscos e precisam de destinação correta

Convenção internacional estabelece o fim da importação, fabricação e comercialização desses produtos

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As lâmpadas incandescentes de vapor de mercúrio são comuns na iluminação de residências, vias públicas e em indústrias. Mas a vantagem econômica da aquisição desses produtos esconde um grande risco ambiental e à saúde humana. Por isso, a tendência é que elas caiam em desuso e sumam do mercado, porém é importante atentar para o processo de logística reversa adequado.

O Brasil e mais 140 países são signatários do Acordo de Minamata, que estabeleceu a data limite de 31 de dezembro de 2020 para produzir, importar e exportar lâmpadas a vapor de mercúrio, lâmpadas de luz mista e lâmpadas de indução magnética. A justificativa são os riscos em diversos aspectos e o alto grau de contaminação que ele pode causar.

image Cerca de 2,3 milhões de lâmpadas de mercúrio ainda estão em uso no Brasil, principalmente em indústrias e na iluminação pública. (Marcelo Casal Jr / ABR)

Uma lâmpada quebrada, por exemplo, libera um gás toxico capaz de contaminar o solo e lençóis freáticos, causando males ao meio ambiente e aos seres humanos. A água e os alimentos tornam-se vetores de envenenamento, levando ao surgimento de sintomas como convulsões, surtos de psicose, perda de consciência, febre alta, além de lesões no sistema nervoso central.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), o número de pontos de luz com lâmpadas a vapor de mercúrio em uso no país pode chegar a 2,3 milhões. Em 2020, mais de 927 toneladas de lâmpadas já foram recolhidas, seguindo um delicado processo de logística reversa. As normativas estabelecem que importadores, fabricantes, comerciantes e consumidores devem fazer o descarte em pontos de coleta.

As recicladoras fazem a triagem, separação de componentes e descontaminação. As partes em vidro, alumínio e mercúrio são reaproveitadas na fabricação de cerâmica e na vitrificação de azulejos, enquanto componentes de plástico e metal podem ser utilizados em outras indústrias.

image As lâmpadas devem ser destinadas a recicladoras que reaproveitam componentes e dão destino correto aos resíduos. (Carlos Savero / Fotos Públicas)

A recomendação geral da indústria é que esses tipos de lâmpadas sejam substituídas por equipamentos em LED, que têm mais eficiência energética, durabilidade e maior poder de iluminação. Isso porque, com a descontinuidade de uso da luz em mercúrio, a reposição de produtos com esse material também será prejudicada.

Para saber como fazer o descarte correto de lâmpadas de mercúrio, verifique os pontos de coleta e os serviços especializados no tratamento desses resíduos.

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