Entenda a importância da reciclagem de pilhas, baterias e eletrônicos
Fabricantes, importadoras, distribuidoras e comerciantes são obrigados a criar sistemas de logística reversa para atender às normas ambientais
A falta de informação ambiental faz com que muitas pessoas joguem pilhas, baterias e produtos eletroeletrônicos no lixo comum. No entanto, essa cena tão comum representa um grande risco já que esses produtos têm em seus componentes materiais perigosos para a vida humana e o meio ambiente.
O engenheiro sanitarista e ambiental Deyved Nascimento afirma que zinco, níquel, mercúrio e chumbo são alguns metais pesados encontrados em pilhas, baterias e equipamentos eletroeletrônicos. Quando esses materiais são dispostos de forma irregular, contaminam o solo, os lençóis freáticos e cursos d'água, impactando na qualidade da fauna e da flora e que prejudica os seres humanos.
“Dentro da cadeia alimentar, sua concentração aumenta de forma que, ao chegar nos seres humanos através da ingestão de peixes, carnes, vegetais, etc, se acumulam e trazem problemas à saúde ao afetarem o sistema nervoso central, os rins, o fígado, os pulmões; bem como provocar o aumento da pressão arterial e a perda de memória”, explica.
Em razão disso, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelecem a logística reversa como norma para o tratamento desses produtos. A logística reversa cria um processo para que pilhas, baterias, periféricos de computador e demais equipamentos de uso doméstico sejam coletados e restituídos ao setor empresarial para reaproveitamento ou destinação ambientalmente correta.
Ainda de acordo com a legislação ambiental brasileira, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes desses produtos são obrigados a implementar os sistemas de logística reversa. Além disso, é preciso informar e incentivar os consumidores a fazer o descarte em pontos de recebimento específicos.
Nesse aspecto, Deyved Nascimento destaca a importância do decreto nº 10.240/2020 que regula como deve ser a logística reversa de produtos eletroeletrônicos. Para ele, a lei trouxe avanços, pois “estruturou e tornou o processo mais viável de ser realizado, com a orientação das fases, prazos, recursos financeiros; documentos legais e ambientais necessários a incorporação dos agentes a serem incluídos no sistema, bem como o detalhamento de quais resíduos eletroeletrônicos são objetos dessa logística reversa”.
O engenheiro sanitarista e ambiental esclarece como se dá a atuação de uma empresa especializada no tratamento de pilhas, baterias e produtos eletroeletrônicos. “A Cidade Limpa desenvolve o papel de coletar, armazenar e realizar a destinação final ambientalmente adequadas desses resíduos junto a empresas legalmente regularizadas para reciclar, reaproveitar e dispor finalmente”, ressalta Deyved Nascimento.
Essas empresas ficam responsáveis por emitir um certificado que atesta que os produtos tiveram a destinação ambientalmente correta. Esse documento evita que as geradoras dos resíduos sofram sanções de órgãos ambientais e demais fiscalizadores. Para saber mais sobre essa e outras soluções para tratamento de resíduos, clique aqui.
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