Banpará 60 anos: conheça a história do banco que vem contribuindo com o desenvolvimento do estado

Instituição financeira teve importante atuação durante o Ciclo da Borracha e se consolida no fomento econômico do estado até os dias atuais

Há 60 anos, 17 servidores começaram a construir a história do Banco do Estado do Pará (Banpará). A sede ainda era na rua 28 de Setembro, bairro da Campina. Junto com os seus funcionários, a instituição cresceu, se instalou na maioria dos municípios, se consolidou e hoje, ao alcançar a melhor idade, é patrimônio não só de cada um que faz o dia a dia do Banco, mas de todos os que ajudam o Pará a conquistar o desenvolvimento econômico e social.

Historicamente, a origem do banco é vinculada ao Ciclo da Borracha, fase em que o Pará se tornou o principal produtor da matéria-prima voltada ao comércio exterior. No auge do ciclo, o Brasil era responsável por 100% da produção mundial.

image Agência do Banpará na capital paraense na década de 1970 (Divulgação Banpará)

Apesar do desempenho, no início, os produtores locais só dispunham do sistema de aviamento, prática que não contribuía para o desenvolvimento local e que era um problema comum ao Pará, à região Norte e à Amazônia. Mas, diante do fluxo de mercadorias e de dinheiro, a União passou a enxergar a necessidade de instalação de serviços financeiros nessa parte do Brasil.

O primeiro serviço criado foi o Banco de Crédito da Borracha, em 1942. Depois, veio o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE, hoje BNDES) que, junto com a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPEVEA, hoje Sudam), fez parte da política do governo Getúlio Vargas voltada ao desenvolvimento da Amazônia.

image Antiga máquina registradora do Banpará (Divulgação Banpará)

Banpará foi criado no governo de Aurélio do Carmo

Com esses mecanismos de crédito, a necessidade de suporte para que os planos de desenvolvimento se concretizassem ficou mais evidente. Foi a deixa para o governo local obter a autorização do governo federal para a criação do Banco do Estado do Pará (BEP).

A lei de criação do banco foi assinada em 1959, sob o governo Juscelino Kubitschek, mas a instituição só começou a funcionar em 1961. A possibilidade do Estado atingir um novo patamar marcou o discurso do governador Aurélio do Carmo, durante a inauguração. “A Amazônia deixa de ser o cordeiro da fábula”, afirmou.

No primeiro ano, o capital do banco era de 50 milhões de cruzeiros. As atividades permitiram 300 milhões em depósitos em conta e 200 milhões emprestados aos diversos setores produtivos.

image Agência do Banpará no interior do Estado (1970) (Divulgação Banpará)

Santarém recebeu a primeira agência fora da capital

No primeiro aniversário, foi aprovado aumento de capital para 120 milhões de cruzeiros e permitido o recebimento de investimentos diretos da União. Instalado inicialmente em um prédio alugado, o banco se expandiu, aumentou o corpo técnico através de concurso e teve a primeira agência fora de Belém instalada em Santarém, em 1966.

Onze anos depois, chegou o banco estadual chegou a Tucuruí para dar suporte à instalação da Usina Hidrelétrica, a maior UH 100% brasileira, em potência instalada.

Banpará soma 113 agências em todas as regiões paraenses

A trajetória trouxe nova nomenclatura, sede própria, inovação tecnológica que fez do Banpará o primeiro banco do país a ser totalmente digital, a capitalização, o fomento ao desenvolvimento do Estado e a expansão para as atuais 113 agências.

Atualmente, a cobertura dos serviços abrange todas as regiões do Pará, somando o correspondente a 25,9% de toda a rede instalada de agências bancárias. Só no Marajó, 47,62% das agências em funcionamento são do Banpará.

Conheça algumas curiosidades sobre o Banpará

- Até 1979, se chamou BEP.

- A primeira sede própria foi no edifício Dias Paes, na Avenida Presidente Vargas, onde hoje funciona a agência Centro.

- Na década de 60, a publicidade do então BEP era feita de peças voltadas ao meio impresso e radiofônico. As principais divulgações se referiam a balanços, avisos e convocações de concursos.

- Na década de 80, a atriz Natal Silva deu vida ao bordão “Pensa que eu sou lesa, é?” para popularizar a poupança Banpará através da TV.

- 3º Melhor Banco de Varejo no ranking “Finanças Mais”, premiação do jornal Estadão em parceria com a agência classificadora de risco Austin Rating. A colocação é resultado do planejamento estratégico e do fortalecimento do Banpará como agente financeiro e promotor do desenvolvimento do Estado.

- Mais de 80 produtos e serviços, entre eles o Saque e Pague, serviço que permite o depósito nos caixas eletrônicos sem uso de envelopes, tecnologia inovadora que coloca o Banpará entre os melhores do país.

- Na década de 80, foi instalado o primeiro data center do Banpará, permitindo o uso dos caixas eletrônicos.

- Com a rede própria, a Conta Mais e o Saque e Pague, o Banpará foi o primeiro do país a ter um ambiente totalmente digital. Criado em 2017, o Banpará Digital permitiu a conquista do Prêmio Profissional de Tecnologia da Informação, 18ª edição, concedido pela Revista Informática Hoje, da Fórum Editorial.

- 3º melhor Banco de varejo do Brasil (Anuário Finanças Mais, do Jornal O Estado de São Paulo e da Consultoria Austin Rating), em 2017.

- A Carteira de Câmbio voltada aos produtores do mercado de exportação permite operações, sobretudo, de exportação de polpa de frutas, sucatas, peixes ornamentais, sementes, pimentas, madeira, entre outros produtos.

 

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