Sustentabilidade na Amazônia tem marca do setor florestal

O manejo florestal sustentável incentiva a preservação e a adoção de práticas com maiores benefícios para a economia e o meio ambiente

Fabrício Queiroz
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A preservação da biodiversidade e a promoção da sustentabilidade são questões de importância global na atualidade. No centro desse debate está a Amazônia, um território estratégico para as pautas ambientais e onde os desafios para a geração de riquezas e o desenvolvimento humano são ainda maiores.

Nesse contexto, o setor florestal tem desempenhado um papel de destaque, sendo protagonista de processos que envolvem o manejo da floresta e a atuação pela consciência sustentável entre as populações amazônidas. Eduardo Leão, presidente da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex) considera natural que os olhos do mundo se voltem para a região, já que há um grande potencial a ser desenvolvido.

A principal linha de atuação é pelo manejo florestal sustentável, um ciclo produtivo realizado com dados técnicos e científicos para uso racional dos recursos madeireiros. Diferentemente da exploração madeireira tradicional, em que havia cortes rasos em larga escala e exportação de madeira em toras, o manejo florestal sustentável faz cortes seletivos, respeitando o ciclo de vida das árvores.

“O manejo é, em outras palavras, um estoque infinito de árvores. Com o manejo florestal bem executado, eu tenho a garantia de ter o fornecimento de árvores praticamente eterno porque eu vou fazer uma gestão adequada, retirando aquela árvore que está apodrecendo ou está madura. Quanto mais manejo, melhores condições eu tenho de manutenção daquela floresta”, explica Eduardo Leão.

A agregação de valor à cadeia produtiva também é um compromisso do setor florestal paraense. No final da década de 1980, por exemplo, a Aimex atuou pela proibição de exportação de madeira em tora oriunda de florestas nativas. O objetivo era incentivar a modernização do parque industrial local e a verticalização dos produtos. O resultado disso se observa hoje, quando cerca de 65% das exportações de madeira do estado do Pará são de pisos, compensados, cabos de ferramentas, portas, artefatos para mesa e cozinha, entre outros que tem maior valor agregado.

Eduardo Leão diz que essa nova realidade abre caminho para outras oportunidades, tendo em vista as demandas de um mercado cada vez mais exigente e antenado com as questões socioambientais. “O manejo permite novas formas de bioeconomia, seja ela uma coleta de açaí, uma coleta de sementes, mas eu também tenho o mercado de carbono. O sequestro de carbono que hoje está crescendo como mercado e foi muito importante na COP 26 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima]”, salienta o presidente da Aimex, destacando as vantagens que a floresta em pé tem sobre as florestas plantadas devido ao maior estoque de carbono a ser explorado.

Além disso, o setor florestal se preocupa com o trabalho de conscientização da sociedade, atuando em parceria com membros de comunidades tradicionais para levar mais informações sobre as técnicas de manejo e as obrigações ambientais. “Esse ciclo do manejo florestal sustentável é uma das melhores ferramentas para nós, amazônidas, continuarmos influenciando a floresta a se manter em pé e também gerar riquezas e trabalho para a nossa sociedade”, conclui.

Para conhecer mais sobre o impacto positivo do setor florestal para o desenvolvimento sustentável na Amazônia, clique aqui.

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