Estão abertas as inscrições para a 10ª edição do Amazônia (Fi)Doc – Festival Pan-Amazônico de Cinema
O projeto é uma homenagem à cultura e à filmografia de um país da região pan-amazônica, a Colômbia, e um laboratório de aperfeiçoamento de projetos de longa-metragem e série.
Até o dia 10 de setembro estão abertas as inscrições de filmes de ficção e documentários para a mostra competitiva da 10ª edição do AMAZÔNIA (FI)DOC – Festival Pan-Amazônico de Cinema. O edital de convocatória e a ficha de inscrição podem ser encontrados no site do festival (amazoniadoc.com.br) e na plataforma Filmfreeway.
O festival será de 18 a 27 de novembro.
“O projeto nasceu em 2008 e foi lançado em 2009. Eu tinha retornado em 2004 para Belém, após um período de estudos fora fazendo um curso de cinema no Rio de Janeiro, curso de tecnóloga, porque naquela ocasião não existia o curso de Cinema da UFPA. Retornei para Belém porque eu queria fazer cinema para falar do meu quintal. Quando eu retornei, os festivais que alguns colegas realizavam tinham todos sucumbido. Por alguma razão na falta de apoio, falta de incentivo, ausência de políticas públicas, não conseguiam se manter de pé. Quando vi esse cenário árido eu decidi que ia investir esforços e procurar um caminho para um festival de cinema que não se repetisse, que não fosse mais do mesmo. Eu me dediquei muito e acabei me tornando uma grande garimpeira e curadora do cinema produzido nas diversas Amazônias. Com o Festival Pan-Amazônico de Cinema, nós propomos um recorte para provocar uma reflexão sobre que cinema é esse produzido nessas Amazônias, nessa Pan-Amazônia. Isso já tem 15 anos. E eu tenho a sensação que estava no caminho certo, hoje já temos uma produção audiovisual mais robusta e o setor audiovisual está se expandindo”, explicou Zienhe Castro, responsável pela criação, direção e coordenação geral festival.
Nessa décima edição, o projeto vai oferecer premiação em dinheiro aos vencedores. Além disso, há o troféu principal do festival que foi criado em 2009 e é assinado pelo artista visual/ceramista Ronaldo Guedes. Neste ano, a artista visual Lise Lobato, assinará o design do Troféu da segunda edição do festival " As Amazonas do Cinema" que premia e incentiva a filmes dirigidos e roteirizados por mulheres da Pan-amazônia.
“Eu acredito que a gente estabeleceu um diálogo que não existia, ou melhor que não tinha espaço. O grande legado é essa ponte que foi construída nesses anos de festival entre os produtores e realizadores de cinema e audiovisual. Hoje a gente contempla o audiovisual porque o conceito de cinema foi expandido. Esse ano vamos ter novamente a mostra competitiva de videoclipes e videoarte. Acredito que o grande legado é saber que existe uma produção cinematográfica forte e potente nas diversas Amazônias. O festival é um sobretudo um lugar de encontro. É um lugar de se ver nas telas e debater a produção. Ao longo desses 15 anos é cada vez mais perceptível a força do nosso protagonismo. Eu não sou só uma realizadora de festival. Eu também sou uma cineasta amazônida. Está tudo entrecruzado. Me interessa incentivar o nosso protagonismo e contar as nossas histórias”, analisa Zienhe Castro.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA