Vítima de acidente com Rodrigo Garro testou positivo para álcool e drogas, diz promotor
Jogador do Corinthians foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar
Francisco Cuenca, promotor do Ministério Público de La Pampa que investiga o acidente envolvendo Rodrigo Garro, do Corinthians, divulgou novas informações sobre o caso. Segundo Cuenca, foi verificado pela perícia a concentração de 1,5g/L de álcool no sangue da vítima, Nicolas Chiaraviglio, de 30 anos. Ele também testou positivo para maconha e cocaína.
"Estes resultados sugerem que o estado de embriaguez de Chiaraviglio pode ter influenciado o acidente fatal, embora ainda prossigam os trabalhos de reconstrução do acontecimento", disse Cuenca ao portal En Boca de Todos HD, da província de La Pampa, na Argentina.
Além disso, Cuenca contou que a Direção Municipal de Trânsito apurou que Chiaraviglio pilotava com a carteira de motorista vencida em setembro de 2022. Ainda são periciados o sistema de iluminação da motocicleta, o impacto entre os veículos e a velocidade que eles trafegavam. Fontes ligadas à defesa de Garro dizem que a moto estava com o farol desligado, que a vítima não usava capacete e que o local não tinha sinalização e iluminação adequada. Garro prestou socorro ao motociclista.
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Segundo Cuenca, foram identificadas testemunhas oculares do acidente, que serão convocadas a depor. "Há pessoas que atenderam Chiaraviglio no local do acidente e estamos trabalhando com elas para obter mais detalhes que ajudem a esclarecer como tudo aconteceu", explicou Cuenca.
No dia 4 de janeiro, quando aconteceu o acidente, Garro trafegava em uma caminhonete Dodge RAM pela rua 300, na sua cidade natal, General Pico, onde passava férias. No cruzamento com a rua 108, o veículo foi atingido pela Motomel 110 cc pilotada por Chiaraviglio.
O corintiano foi detido para prestar depoimento e em seguida liberado. O meia foi submetido a teste de alcoolemia que constatou a presença 0,54g de álcool em seu sangue. O jogador foi indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar.
O argentino foi enquadrado no artigo 84, que trata de condução imprudente e negligente ao volante. Ele está proibido de dirigir, mas não houve agravante no indiciamento, o que permitiu que ele retornasse ao Brasil para a reapresentação do elenco do Corinthians, na terça-feira.
Após as investigações, a Procuradoria define se prossegue com a acusação. Depois disso, um juiz conclui se levará Garro a julgamento, em processo que deve durar de 1 a 2 anos.
Desde que as primeiras informações sobre o acidente começaram a circular, o Corinthians montou um grupo para acompanhar o caso. O diretor jurídico, Vinicius Cascone, e o executivo de futebol, Fabinho Soldado, mantêm contato com os advogados de Garro. O clube não vai se manifestar sobre a informação revelada pelo procurador Francisco Cuenca nesta quinta-feira.