Verstappen passa Hamilton no fim e é campeão da F1 de forma incrível em Abu Dhabi

Inacreditável! Na última volta, Max Verstappen passou Lewis Hamilton e é o novo campeão mundial de Fórmula 1

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Foi inacreditável. A Fórmula 1 viu a maior disputa por título da sua história ser definida na última volta do GP de Abu Dhabi deste domingo (12). Com a ajuda de Nicholas Latifi, que a cinco voltas para o fim bateu e causou o safety-car que mudou toda a trajetória de uma prova encaminhada a Lewis Hamilton, a Red Bull deu o pulo do gato ao colocar pneus macios para Max Verstappen nas voltas finais, enquanto a Mercedes manteve seu piloto na pista.

Depois da volta do SC para o pit-lane, Hamilton liderava a disputa na relargada final, mas não suportou a melhor forma do holandês com os compostos vermelhos. Com bravura, Lewis tentou resistir, mas não conseguiu evitar a ultrapassagem e viu a vitória e o título serem conquistados pelo maior rival da sua carreira no inacreditável GP de Abu Dhabi deste domingo histórico para a Fórmula 1 e o esporte a motor.

A conquista de Verstappen neste domingo foi histórica em vários aspectos: o primeiro título conquistado pela Red Bull em oito anos, o primeiro holandês campeão mundial da Fórmula 1, a volta da Honda ao topo da categoria depois de 30 anos e também o desfecho de uma dinastia que durava desde 2014, para a Mercedes, e desde 2017, para Hamilton, que conquistaram títulos seguidos neste período.

Para a Mercedes, restou o consolo com a conquista do importante Mundial de Construtores pela oitava vez, apesar do clima de velório que se instaurou na garagem da equipe chefiada por Toto Wolff.

Carlos Sainz completou o pódio da última corrida da temporada e garantiu outro grande resultado para a Ferrari no ano. O espanhol terminou à frente de Yuki Tsunoda, quarto, no seu melhor resultado com a AlphaTauri, seguido por Pierre Gasly, seu companheiro de equipe. Valtteri Bottas, na sua despedida da Mercedes, terminou em sexto lugar, enquanto Lando Norris, com a McLaren, foi o sétimo, à frente das Alpine de Fernando Alonso e Esteban Ocon. Charles Leclerc foi o décimo.

Saiba como foi o GP de Abu Dhabi de Fórmula 1

O histórico GP de Abu Dhabi teve Lewis Hamilton melhor na largada contra o rival Max Verstappen. O piloto da Mercedes saiu na frente e, metros depois, na curva 6, o holandês colocou por dentro para fazer a ultrapassagem, em manobra que foi trancada por Lewis depois do primeiro toque, leve, entre os dois. Como reação, Hamilton cortou a curva 7 para voltar na frente. “Ele me jogou pra fora da pista”, bradou.

Apesar de toda a reclamação por parte da Red Bull, a direção de prova avisou que não haveria investigação sobre o incidente na pista. O jogo seguiu com muita chiadeira por parte da equipe taurina, de Verstappen a Jonathan Wheatley, diretor-esportivo. Michael Masi disse que “toda a vantagem adquirida [por Hamilton] foi devolvida na primeira volta”.

“Estamos um pouco chocados com isso, pois, aparentemente, Lewis devolve a vantagem, algo que ainda não conseguimos ver”, disse Christian Horner à emissora inglesa Sky. “É uma total falta de consistência”, reclamou. “Estamos focados na corrida. Ainda resta um longo caminho pela frente”, completou.

O jogo seguiu com Hamilton ligeiramente mais rápido que Verstappen na luta pela liderança. Sergio Pérez assumiu a terceira posição, seguido por Carlos Sainz e por Lando Norris, enquanto Valtteri Bottas caiu de sexto para oitavo após as primeiras voltas.

Com pneus médios, Hamilton tratou de forçar o ritmo, enquanto Verstappen não conseguia acompanhá-lo. Em contrapartida, o rival fez voltas mais rápidas seguidas e aproveitou a melhor performance dos compostos amarelos para abrir uma vantagem importante.

Max começou a reportar desgaste acentuado dos pneus macios. Com mais de 5s atrás de Hamilton, Verstappen enfrentou cada vez mais dificuldades para lutar contra o rival pela vitória e pelo título. Daquela forma, a Red Bull chamou o holandês para a troca de pneus na volta 14. Max voltou à pista em quinto lugar, atrás de Norris, e com pneus duros.

A Mercedes reagiu de forma rápida e inteligente: Hamilton marcou Verstappen e foi aos boxes na volta seguinte para trocar os pneus médios pelos duros e seguir na frente. Pérez, então, assumiu a liderança provisória da disputa, enquanto Sainz estava à frente de Verstappen depois de o holandês ter passado Norris.

Como líder, o mexicano tinha pela frente uma missão, o chamado ‘Plano B’ por parte da Red Bull: em teoria, seria segurar Hamilton e ajudar Verstappen em uma eventual aproximação. Por isso, ‘Checo’ esticou ao máximo seu stint na pista.

Enquanto Verstappen sofria atrás da Ferrari de Sainz, Hamilton emendava voltas mais rápidas em série e reduzia bruscamente a diferença para Pérez na prova. Só com o auxílio da asa móvel, em trecho de reta na volta 18, é que o holandês conseguiu deixar para trás o espanhol. Naquele momento, Max estava 8s atrás de Lewis.

Hamilton rapidamente chegou em Pérez e tentou de tudo para fazer a ultrapassagem. ‘Checo’, aguerrido, lutou muito, travou uma disputa roda a roda, dura, porém limpa. Mesmo assim, foi alvo de reclamação do piloto da Mercedes, que se queixou de uma pilotagem “perigosa” por parte do mexicano. No fim das contas, Lewis fez a ultrapassagem na volta 21 e, logo em seguida, Pérez deixou Verstappen passar. A diferença que era de 8s caiu para 1s7. Espetacular trabalho de equipe de ‘Checo’ e que grande disputa a F1 viu em Abu Dhabi.

Mais atrás, Kimi Räikkönen escapou e bateu na barreira de pneus. Lento na pista, o ‘Homem de Gelo’ se arrastou para os boxes e tentou seguir, mas não teve jeito. Encerrava ali, na volta 27, uma grande e digna carreira do dono de 350 GPs na Fórmula 1 e do título mundial de 2007, o último de um piloto pela Ferrari. George Russell também se despediu da Williams e abandonou a prova duas voltas depois. O piloto vai defender a Mercedes em 2022 ao lado de Hamilton.

Lewis, aliás, manteve uma vantagem teoricamente confortável para Verstappen e chegou à volta 30 com 4s à frente do rival. Hamilton tratou de novamente fazer a volta mais rápida para se reafirmar contra o adversário.

Bottas esticou ao máximo seu stint na pista com os pneus macios, chegou a andar em terceiro, mas caiu para nono depois da troca para os compostos duros.

Antonio Giovinazzi quebrou, causou VSC e trouxe tensão ao fim da corrida (Foto: Reprodução/Sky Sports)
Enquanto Hamilton tinha 5s7 de vantagem para Verstappen, Antonio Giovinazzi abandonou a prova depois de enfrentar problemas no carro da Alfa Romeo e parar na curva 9. A direção de prova, então, acionou o safety-car virtual na volta 36. Na prática, a ocorrência mudou a história da corrida.

Verstappen e a Red Bull apostaram no tudo ou nada. Inteligente, a equipe aproveitou o VSC, chamou o piloto para um novo pit-stop e colocou um novo jogo de pneus duros. A mesma estratégia foi adotada para Pérez.

A corrida voltou ao seu ritmo normal na volta 38, quando restavam 20 para o fim. A vantagem era de 18s para Hamilton, mas Verstappen tratou de acelerar ao máximo para tirar a diferença. Franco-atirador, Max tinha pista limpa pela frente e aproveitou para impor o ritmo e marcar a volta mais rápida da corrida e se aproximar de Lewis.

As voltas seguintes foram dramáticas para Hamilton, que perdia vantagem para Verstappen sequencialmente. Lewis ainda pela frente um grupo de quatro carros como retardatários: Charles Leclerc — que fez o pit-stop no período de VSC —, Daniel Ricciardo, Esteban Ocon e Fernando Alonso. Logo depois, estavam à frente Pierre Gasly e Yuki Tsunoda.

Quando restavam 11 voltas para o fim, Hamilton ainda tinha 13s3 de frente para Verstappen enquanto abria caminho pela frente. Sem oposição, o britânico passou os retardatários e viu a diferença cair um pouco logo depois, para 11s. Parecia, ainda, uma vantagem controlável antes da reta final da corrida.

Outro sinal de alerta se acendeu para Hamilton quando Norris teve de ir para os boxes com um furo no pneu duro depois de 29 voltas e precisou fazer uma troca não-programada.

Hamilton seguiu soberano na frente e tinha ainda 11s5 de frente para Verstappen com cinco voltas para o fim. Pérez se sustentava em terceiro, seguido por Sainz e Bottas. Só que a história da corrida virou de novo depois da forte batida de Nicholas Latifi, com cinco voltas para o fim, na curva 14, após disputa com Mick Schumacher.

A Red Bull chamou Verstappen de novo e colocou pneus macios para o holandês tentar o ataque final no fim da corrida. Pérez também foi para a parte final da prova com os compostos vermelhos. Com três voltas para o fim, o mexicano recolheu de volta para os boxes, mas para abandonar a corrida com problemas no carro.

A direção de prova determinou que, diferente do usual, os retardatários não tiveram permissão para ultrapassar o líder e descontarem a volta. Hamilton tinha quatro carros entre ele e Verstappen, que reclamou de novo. “Claro! Decisão típica. Não estou surpreso”. Depois, no entanto, Michael Masi voltou atrás e permitiu que os retardatários descontassem a volta.

A mais incrível luta pelo título da história foi definida na última volta. Com desfecho de cinema, Verstappen partiu para cima de Hamilton e fez a ultrapassagem. O britânico tentou reagir e retomar a ponta, mas o holandês aproveitou a melhor performance dos pneus para manter a dianteira, cruzar a linha de chegada e conquistar, de forma histórica, o título mundial da Fórmula 1.

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