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Torcedor do Paysandu que jogou sal grosso na Curuzu queria só tirar o 'azar'

"O que eu fiz de errado?", questionou Igor Marques que foi detido no estádio da Curuzu

Redação Integrada ORM

Torcedor do Paysandu e frequentador assíduo do estádio da Curuzu desde 1991, ano em que o Papão se sagrou pela primeira vez campeão brasileiro da Série B, o cantor Igor Marques viveu uma noite tumultuada nesta terça-feira, 9/10. Ele levou dois pacotes de sal grosso para o jogo Paysandu X CRB-AL, foi revistado ao entrar no estádio e adiantou a intenção aos seguranças contratados para a partida, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B. "Saí de casa para espantar o mau olhado. Entrei pelo lado da Curuzu e já joguei uma mão de sal grosso", adiantou. A cena exótica ganhou apoio de outros torcedores. Mas terminou com intervenção da polícia e uma repercussão mundial.

Ao final da partida, Igor foi cercado por policiais, que estavam cumprindo uma determinação de impedir o arremesso de qualquer objeto ao gramado da Curuzu. O momento da intervenção foi gravado e rodou o mundo através das redes sociais até chegar ao ponto de ser divulgado pelo Diário Olé, da Argentina (foto abaixo), principal jornal esportivo, cuja linha editorial envolve humor e futebol. Para Igor, o ato não tem nada de anormal: "Não é possível, amigo! A bola do Paysandu bate no travessão, não entra. E o adversário vai lá uma vez e pronto. A bola bate no travessão e entra", disse, alegando má sorte do clube, que empatou contra o CRB e permanece na zona de rebaixamento da Série B. 


O vídeo foi gravado no final do jogo, mas a 'reza' de Igor começou ainda no momento do aquecimento dos jogadores, quando ele resolveu jogar sal grosso para dentro do gramado da Curuzu, arremessando por cima da estrutura  que separa o gramado da arquibancada. "Sempre fico posicionado ali atrás do túnel do Paysandu. Vim andando, jogando e rezando para espantar esse problema", explicou. "Alguns torcedores pegaram e jogamos juntos. E até aplaudiram. O Ronaldo (preparador de goleiros do Paysandu) fez até sinal positivo. Joguei na parte do banco do Paysandu, pegou nos jogadores", lembrou, referindo-se a cena que ganhou repercussão mundial. 

Assista ao vídeo abaixo!



A crença estava sendo cumprida com normalidade até a ação de um policial. "Ele me disse: o senhor não pode jogar, é proibido. Ai questionei: qual o problema? Os dois levantaram o tom, mas não xinguei em nenhum momento. O problema foi que a minha esposa ficou nervosa, falou para que eu parasse e saiu andando. Quando isso aconteceu, virei para ele (policial) e falei: olha o que fizeste! Daí ele me prendeu. Me levou para o camburão, falando em desacato a autoridade. Até rasgou a minha camisa. O que eu fiz de errado?", questionou. 

O torcedor foi levado para a delegacia de São Braz, sendo liberado por volta de meia-noite desta quarta-feira, 10/10. Apesar do incidente, Igor diz que continuará levando sal grosso para a Curuzu e outros estádios, caso observe que o problema do Paysandu esteja relacionado a mau olhado. "Eu vou fazer. Vou para o jogo de Fortaleza, vou levar o sal grosso e jogar lá", falou. Igor defendeu a sua atitude argumentando que vários clubes brasileiros, como Internacional, Flamengo e até o Papão fizeram isso anteriormente. Diante disso, fica a pergunta: 



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Outro lado - A polícia militar informa que está acompanhando o caso e antecipa que as imagens publicadas pela grande mídia e pela internet não são suficientes para sustentar tese de cometimento de crimes ou transgressão disciplinar por parte dos agentes envolvidos. 

A polícia militar informa ainda que qualquer denúncia ou reclamação em desfavor dessa instituição, deverá ser formalizada junto à corregedoria, para que seja providenciada a devida apuração dos fatos.

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